O Presidente dos EUA, Donald Trump, indicou esta segunda-feira o juiz Brett Kavanaugh para o Supremo Tribunal norte-americano. A escolha, que ainda terá de ser confirmada pelo Senado, deverá consolidar o controlo conservador do tribunal nos próximos anos.
Alguns democratas já prometeram tentar bloquear a confirmação de Kavanaugh. No entanto, os republicanos controlam o Senado por uma margem estreita e podem garantir sozinhos a nomeação do nome indicado pelo Presidente se evitarem eventuais deserções nas suas fileiras, lembra a agência de notícias Reuters.
Caso seja confirmado, Kavanaugh substitui o juiz Anthony Kennedy, que a 27 de junho anunciou a reforma aos 81 anos, e torna-se a segunda nomeação de Trump para o mais alto órgão judicial dos EUA no ano e meio que leva de mandato.
Juiz esteve presente nas grandes controvérsias dos últimos 20 anos
Kavanaugh esteve envolvido nalgumas das maiores controvérsias nas últimas duas décadas: ajudou a investigar o antigo Presidente democrata Bill Clinton nos anos 1990, integrou a equipa do republicano George W. Bush na contagem de votos na Florida nas eleições de 2000 e viria depois a juntar-se à equipa de Bush na Casa Branca.
O Supremo Tribunal dos EUA é composto por nove juízes, cuja nomeação é vitalícia. Apesar de ser um juiz conservador nomeado por Ronald Reagan, Anthony Kennedy juntava-se frequentemente aos juízes liberais em questões como o aborto ou os direitos dos homossexuais (nalgumas votações foi dele o voto decisivo para resultados de 5-4). Não é expectável que Kavanaugh replique essa forma de atuação.