O Presidente da Argentina disse na sexta-feira que o seu Governo está empenhado em utilizar “todos os recursos nacionais e internacionais” que sejam necessários para encontrar o submarino ARA San Juan, um dos três que integram a frota de submergíveis do país, e que desapareceu esta quarta-feira com 44 tripulantes a bordo.
O último contacto de rádio com o submarino foi registado quando este se encontrava a cerca de 430 quilómetros da costa, mar adentro, depois de ter deixado o porto de Ushuaia. Passado algum tempo sem comunicação com o aparelho, a Armada decidiu ativar (na tarde de quinta-feira) o protocolo de busca.
Segundo o Presidente argentino, os familiares dos elementos da tripulação estão a ser acompanhados, recebendo apoio e informação. “Partilhamos a sua preocupação e a de todos os argentinos”, disse Mauricio Macri através da sua conta no Twitter.
A Armada, que depende do Ministério da Defesa, revelou, em comunicado, que ordenou a todas as estações terrestres do litoral argentino “a busca preliminar e prolongada de comunicações e a audição em todas as frequências possíveis de transmissão do submarino”. Até agora, as buscas po ar e água não estão a ter sucesso.
O almirante Gabriel Gonzalez, comandante da base do Mar da Plata, o destino do submarino, disse que este tem suficiente comida e oxigénio.
“Perdemos o contacto, não estamos a falar de uma emergência”, declarou.
Sete países disponibilizaram-se já para ajudar a Argentina, entre os quais os Estados Unidos, o Brasil, o Chile, o Uruguai e o Reino Unido.
Apesar de alguns meios de informação terem escrito que pode ter ocorrido um incêndio a bordo, o porta-voz da Aramada desmente e diz “não existir qualquer indício” de ter acontecido algo de grave. “Apenas deixamos de ter comunicações”, insistiu Enrique Balbi.
Entre a tripulação está Eliana Maria Krawczyk, de 34 anos, a primeira mulher a chefiar as operações de um submarino.