Membros das equipas de socorro indicaram que conseguiram retirar um primeiro cadáver, mas não tiveram qualquer sinal de vida do interior do Hotel Rigopiano, que contaria com cerca de 30 pessoas quando ficou soterrado por uma avalanche.
“Há muitos mortos”, dissera anteriormente António Crocetta, um dos chefes das equipas de socorro enviadas durante a madrugada desta quinta-feira para o Hotel Rigopiano, localizado na área da estância de esqui da montanha de Gran Sasso.
Os media italianos referem que pelo menos 20 clientes e sete funcionários do hotel de quatro estrelas e três andares, estariam no local à hora da avalanche. O alerta foi dado por dois hóspedes que escaparam porque se encontravam no exterior do hotel.
As equipas de resgate conseguiram chegar ao local, de esqui, cerca das 4h30, após terem lidado com muita neve, vento e árvores caídas. Foram mobilizados 20 bombeiros, duas equipas de resgate de montanha, seis ambulâncias e elementos da polícia local, mas a neve que chega a atingir os dois metros de altura está a impossibilitar os acessos por estrada.
“Nós estamos a fazer descer as unidades de resgate de um helicóptero e elas estão a começar a escavar”, referiu Luca Cari, porta-voz das brigadas nacionais de bombeiros.
Apesar de se situar na região central de Abruzzo, a zona tinha sido atingida por fortes nevões.
A avalanche surgiu em sequência dos quatro fortes sismos que esta quarta-feira voltaram a abalar o centro de Itália. O mais forte atingiu a magnitude de 5,7 na escala de Richter e provocou a morte de um homem de 82 anos, atingido por um telhado que caiu devido ao peso da neve e ao impacto dos sismos.