Quando mais de metade dos 505 deputados presentes já votaram, a oposição a Dilma contava às 00h35 de Lisboa com 214 votos. Para enviar o processo para julgamento no Senado são necessários os votos de uma maioria de dois terços (342 deputados).
A defesa do arquivamento do processo pela Câmara do Deputados, conta com 66 votos e 3 abstenções. Para travar o processo são necessários 171 votos, contando faltas e abstenções.
Se a oposição a Dilma obtiver os 342 votos, o processo será enviado para o Senado. A câmara alta do parlamento parlamento deverá criar até 30 de abril uma comissão com 21 dos 81 senadores para apreciar o processo. Esta, terá 10 dias para elaborar o parecer que deverá ser votado entre o final da segunda e a terceira semana de maio.
Caso seja aprovado, por maioria simples, o Senado inicia o julgamento do processo de destituição. A presidente é suspensa automaticamente por 180 dias e substituída pelo vice-presidente Michel Temer . Durante este período, cabe ao presidente do Supremo Tribunal Federal conduzir os trabalhos e ouvir os argumentos da defesa e da oposição.
Findo o prazo, se uma maior de dois terços dos senadores aprovar a destituição, a presidente é afastada do cargo e fica inelegível por oito anos. O vice-presidente Michel Temer assegura o mandato até ao final em 2018.