Saif Rezgui, que foi morto pela polícia depois de ter tirado a vida a 38 pessoas na praia de um hotel de Sousse, esteve no mesmo campo de treino na Líbia, e na mesma altura, que os dois tunisinos que atacaram o museu do Bardo e mataram 21 pessoas. A ligação entre os três terroristas foi confirmada por Rafik Chelli, secretário de Estado da Tunísia.
Chelli disse ainda que Rezgui viajou para a Líbia de forma ilegal e que foi ajudado a passar a fronteira. As autoridades confirmaram à Reuters que três outros suspeitos foram detidos por ajudarem Rezgui a entrar no país e a planear o ataque ao hotel.
O secretário de Estado traçou o perfil do terrorista, que segundo este terminou o seu mestrado em engenharia eléctrica no Instituto Superior de Ciências Aplicadas e de Tecnologia, na cidade de Kairouan, institituto conhecido por "Jihad Uni" (Universidade dos jiadistas), por ter vários estudantes simpatizantes do jiadismo. Depois de terminar os estudos, esteve no campo de treino militar, na Líbia, mais concretamente em Sabratha, a oeste de Trípoli.
Rezgui terá atuado sozinho
Esta terça-feira foi também desmentida uma outra informação dada no dia do atentado pelas rádios locais, de que existiria um segundo atirador. As forças de segurança tunisinas afirmam que todas as vítimas foram mortas com a arma usada por Rezgui, o que leva a crer que este terá atuado sozinho.
A ministra do Turismo, Salma Loumi, confirmou que “o ataque teve um grande impacto na economia". "As perdas serão grandes”, lamentou. Estima-se que o ataque na Tunísia venha a representar uma perda no turismo de pelo menos 515 milhões de dólares (cerca de 463 milhões de euros), o equivalente a um quarto da receita anual do país.
Sabe-se que o terrorista apenas atacou turistas, na sua maioria britânicos (21). O ataque vitimou também uma turista portuguesa, de 76 anos.