é o número de oradores, entre especialistas em várias áreas a alunos, com participação prevista nesta conferência

Nuno Crato é um dos participantes e o antigo ministro da Educação e Ciência entre 2011 e 2015 reconhece que “mudar a educação é difícil”: “Muito do que há a fazer é hoje claro, e muito do que há a fazer é relativamente fácil”, mas "há uma tremenda resistência ideológica e corporativa a tudo o que seja seguir um currículo ambicioso e a tudo o que seja avaliar”, acrescenta. Quanto à conferência, o antigo governante defende que “debates públicos esclarecem, despertam-nos para os problemas e ajudam-nos a ver soluções. É um primeiro passo”.

Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, será outro dos participantes. E há problemas para resolver nas escolas públicas. “Um dos principais entraves é ao nível das infraestruturas, com determinadas escolas sem rede wi-fi estável, número de computadores insuficiente e ambientes digitais ainda pouco propícios à aprendizagem”, aponta. “Alguns professores debatem-se com dificuldades na utilização de ferramentas digitais, sendo essencial a formação na capacitação digital”, acrescenta. Filinto Lima realça ainda que “a desigualdade social fere a equidade e a criação de oportunidades, havendo alunos com dispositivos digitais em casa, e os que não dispõem sequer de internet”.

A inteligência artificial será, naturalmente, assunto em destaque. Bernardo Caldas, que também marcará presença no evento como orador, é especialista na área, destaca que “a inteligência artificial pode ajudar a personalizar a educação, agindo como um 'tutor' individual, infinitamente conhecedor e paciente, reduzindo desigualdades de acesso a apoio qualificado”. Mas deixa um alerta: “O impacto não é uniforme, podendo agravar disparidades”.

“Alunos motivados progridem notavelmente" com inteligência artificial, os "desmotivados podem usá-la como atalho, aprendendo menos”, defende Bernardo Caldas

Por isso, o papel da família na educação/formação do aluno é absolutamente decisivo: “A IA só por si não resolve o problema da motivação, nem substitui o papel das famílias e escolas em fomentar a agência e criatividade dos alunos”.

O que é?

A conferência (gratuita) junta especialistas para debater soluções educativas inclusivas. Com painéis sobre inovação, tecnologia e literacia, promove a educação como motor de um futuro sustentável.

Onde, quando e a que horas?

A Grande Conferência Educação e Transformação realiza-se no próximo dia 30 de maio no auditório da Universidade NOVA de Lisboa, entre as 10h e 17h40.

Quem são os oradores?

• Alexandre Castro Caldas, professor catedrático Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa
• Ana Mira Vaz, diretora pedagógica do Colégio Pedro Arrupe
• Armindo Monteiro, presidente da CIP
• Ana Rita Bessa, CEO Leya
• Bernardo Ferrão, diretor de informação da SIC e SIC Notícias
• Bernardo Caldas, especialista em tecnologia, dados e IA; cofundador da Associação Data Science for Social Good Portugal
• Carlota Ana Ribeiro Ferreira, fundadora da WIN WORLD
• Carolina Santos, finalista na licenciatura em design de equipamento
• Daniel Garcia, presidente da Assembleia Geral do Núcleo de Alunos de Gestão Industrial e Logística do ISCTE (2020-2022)
• Fernanda Bonacho, professora-investigadora na ESCS-LIACOM e responsável pela Cátedra UNESCO Comunicação, Literacia Mediática e Cidadania
• Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP)
• Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa
• Frederico Fezas-Vital, diretor-executivo Yunus Social Innovation Center
• Henrique Leitão, investigador, Pró-Reitor da Universidade de Lisboa, membro da Comissão Científica Programa Novos Talentos da Fundação Gulbenkian
• Inês Oom de Sousa, presidente da Fundação Santander Portugal
• Inês Rodrigues, professora no agrupamento de escolas de Águas Santas e ISCET
• João Trigo, diretor geral do colégio Efanor
• José Lourenço, diretor do Agrupamento de Escolas da Baixa da Banheira
• Laurinda Alves, professora de Comunicação, Liderança e Ética; autora, colunista e consultora
• Madalena Nunes Diogo, cofundadora da Estrelas & Ouriços e diretora do Expressinho
• Mafalda Sá Água, diretora técnica e pedagógica do Abrigo Infantil de Santa Maria de Belém
• Margarida Rebocho, administradora-delegada da Fundação Pedro Queiroz Pereira
• Margarida Zuzarte, recém-licenciada em Engenharia e Gestão Industrial; finalista na licenciatura em Direito
• Maria Azevedo, cofundadora e Chief Program Officer da Teach For Portugal
• Martim Cunha Rego, filósofo
• Miguel Herdade, diretor do The Access Project UK
• Matilde Ricciardi, aluna do 11.º ano e vencedora do prémio FedEx
• Nuno Crato, professor-investigador da Universidade de Lisboa e presidente da Iniciativa Educação
• Pedro Abrantes, professor da Universidade Aberta
• Pedro Freitas, investigador da Universidade de Oxford
• Pedro Santa Clara, diretor do TUMO Portugal e 42 Portugal
• Rodrigo Castro, CEO e fundador da Educa-te
• Rui Marques, coordenador do Relational Lab e Programa de Educação Relacional
• Salvador Pereira Coutinho, aluno do 12º ano de escolaridade
• Sandra Varandas, editora da sicnotícias.pt e sicexplicame.pt
• Sara Aguiar, especialista em inovação e impacto
• Vanda Martins, administradora da Fundação EDP com o pelouro da Inovação Social

Porque é que este tema é central?

A educação é central porque forma cidadãos preparados para os desafios de um mundo em mudança. É essencial para combater desigualdades, promover coesão social e garantir um futuro mais justo e sustentável, através de soluções inclusivas, inovadoras e colaborativas.