Foi cofundadora do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, que mais tarde dirigiu até à fusão com o Instituto Gulbenkian de Ciência e que deu origem ao atual Instituto de Medicina Molecular Gulbenkian (GIMM). É aqui, ao lado de mais de 700 investigadores de todo o mundo, que continua a dedicar-se à descoberta científica. Maria Carmo-Fonseca acredita no potencial de crescimento desta nova e mais robusta máquina de inovação, que “vai criar em Lisboa um ecossistema de ciência”.
O Expresso associa-se, uma vez mais, como media partner ao Programa Gilead Génese, que regressa em 2025 para a sua 10ª edição de apoio à investigação e a projetos comunitários na área da saúde. Ao longo das próximas semanas, publicamos dez entrevistas curtas com personalidades de renome sobre o que consideram serem os principais desafios do sector. Maria Carmo-Fonseca, vencedora do Prémio Pessoa 2010, é a sexta entrevistada deste ciclo.
Para a cientista, o ambiente de inovação que se vai criar na capital portuguesa “não só impulsionará a produção de novo conhecimento, como inspirará e estimulará muitos jovens a contribuir para o avanço da medicina em Portugal e no mundo”.
“A nova instituição é maior, mais autónoma e mais vigorosa. Vai ter mais capacidade para explorar, gerir e capitalizar as diversas fontes de financiamento da ciência a nível internacional”
Para a cientista, o ambiente de inovação que se vai criar na capital portuguesa “não só impulsionará a produção de novo conhecimento, como inspirará e estimulará muitos jovens a contribuir para o avanço da medicina em Portugal e no mundo”.
Sobre os maiores obstáculos que a Humanidade enfrenta na área da saúde, a também professora catedrática na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa elege “a prevenção da doença mais eficiente” como um dos principais. Na sua perspetiva, é preciso valorizar o conhecimento científico e aquilo que já sabemos sobre como “evitar muitas doenças”.
Por outro lado, as ameaças à saúde têm tido “um aumento claro” com vários tipos de doenças a florescer em consequência da pegada da Humanidade. “Continuamos também a subestimar os efeitos da atividade humana sobre o planeta”, lamenta.
O futuro trará sempre novos desafios à sociedade e à comunidade científica, mas Maria Carmo-Fonseca está confiante na capacidade que o GIMM faça parte da solução. “Encaro com enorme entusiasmo a criação do novo GIMM”, sublinha.
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