Menor crescimento das principais economias, continuação de conflitos disruptivos do fluxo comercial global, incertezas políticas e pressões geopolíticas cujo verdadeiro alcance só ficará claro com o decorrer do ano. Podíamos continuar, mas já é suficiente para ter uma ideia dos desafios que 2025 promete oferecer e com impacto a calcular junto do percurso de afirmação internacional que muitas empresas portuguesas querem continuar a percorrer.
“Os desafios para as PME Portuguesas serão certamente distintos conforme o seu sector de atividade”, admite Rui Pereira, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Feerica. No caso da empresa especializada em engenharia flexível de sistemas de segurança que exporta “para cerca de 50 países da Europa, Africa, Ásia e América” há uma exposição clara “a várias realidades socioeconómicas, culturais e políticas”, como por exemplo, a “nova administração norte-americana que promete uma guerra de tarifas sem precedentes”. Por isso, “o maior desafio para 2025 é certamente manter o crescimento, num mundo cada vez mais imprevisível e complexo”.
1,3%
é a previsão do crescimento dos países da moeda única da União Europeia para este ano
A empresa é uma das vencedoras dos Prémios Expresso PME/Caixa TOP, onde as melhores empresas nos respetivos campos vão ser reconhecidas e nomeadas a 29 de janeiro, numa cerimónia realizada em Vila Nova de Gaia, com organização da Caixa Geral de Depósitos e apoio do Expresso como media partner. Segue-se um Encontro Fora da Caixa, em que responsáveis das empresas se juntarão a várias personalidades para discutir o que 2025 também pode reservar no espaço nacional.
“Os desafios que Portugal enfrenta são comuns a muitos países da União Europeia, num enquadramento especialmente imprevisível no que se refere à evolução dos conflitos armados na cena mundial. Dentro daqueles sobre os quais temos maior capacidade de atuação, destacamos o protecionismo comercial, a demografia e a habitação”, defende Francisco Cary. Para o administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos, “a escassez de mão de obra qualificada e a demografia exigem intervenções rápidas em educação, formação e políticas de imigração”, sem esquecer que “a dependência de sectores de baixa produtividade, limita o potencial de crescimento”.
“Há sempre oportunidades! Temos é de ser capazes de as identificar, ser ambiciosos e olhar além as fronteiras do nosso pequeno grande país”, atira Rui Pereira
Por outro lado, Francisco Cary acredita que “a crescente adoção de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, continuará a transformar sectores tradicionais, criando novos produtos e serviços”, enquanto “a transição para uma economia de baixo carbono será uma prioridade, com pressão sobre determinados sectores para se adaptarem”.
“O desafio demográfico é um tema incontornável para a generalidade dos países europeus, onde Portugal não é exceção, aliás tem indicadores bastante alarmantes, pelo que esta matéria está entre as macrotendências com maior impacto no desenvolvimento dos negócios”, aponta o presidente do Conselho de Administração da Associação Empresarial de Portugal, Luís Miguel Ribeiro. “O aumento dos fluxos de imigração são apenas uma parte da resposta ao problema mais amplo que é a falta de mão de obra e a retenção de talento, que surge no topo dos principais riscos para Portugal”. No contexto europeu, “após os diversos e corretos diagnósticos apontados, nomeadamente, por [Enrico] Letta e [Mario] Draghi, surge uma nova oportunidade para assegurar a competitividade e relevância da União Europeia nos mercados internacionais, invertendo a sua perda relativa no cenário mundial”. Segundo Luís Miguel Ribeiro, “esta pode ser uma oportunidade para Portugal redefinir a sua estrutura produtiva, acelerando a aposta em indústrias com elevado valor acrescentado”.
Saiba de seguida todos os detalhes sobre o evento.
Prémios Expresso PME/Caixa TOP - Encontro Fora da Caixa
O que é?
É mais uma edição do ciclo de conversas organizado pela Caixa Geral de Depósitos e que conta com o Expresso como media partner para discutir temas atuais. Neste caso o foco são os desafios que 2025 promete oferecer, a que se junta a atribuição prévia dos Prémios Expresso PME/Caixa TOP.
Quando, onde e a que horas?
Quarta-feira, 29 de janeiro de 2024, no Hilton Porto Gaia, em Vila Nova de Gaia, das 14h30 às 18h10.
Quem vai estar presente?
- Paulo Moita de Macedo, presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos
- Paulo Baldaia, jornalista
- Pedro Siza Vieira, advogado
- Pedro Marques Lopes, comentador
- Cristina Brízido, presidente do Conselho de Administração da Caixa Gestão de Ativos
- Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da Associação Empresarial de Portugal
- Rui Pereira, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Feerica
- Rui Costa, administrador da Turilima
- Francisco Cary, administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos
- Pedro Abrunhosa, músico
- José Teixeira, presidente do Grupo DST
Porque é que este encontro é central?
Porque perante um cenário de crescimento anémico da economia europeia e global, a que se juntam incertezas internas e externas, é importante perceber como é que as empresas podem reagir para continuar o seu caminho de crescimento mesmo perante um possível avolumar de entraves geopolíticos.
Onde posso ver?
Este projeto é apoiado por patrocinadores, sendo todo o conteúdo criado, editado e produzido pelo Expresso (ver Código de Conduta), sem interferência externa.