Melhores carreiras, condições de trabalho adequadas e apoiar a formação contínua são, para Xavier Barreto, medidas prioritárias para tornar o “Serviço Nacional de Saúde (SNS) mais apelativo e sustentável”. O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) acredita, porém, que o país precisa de investir mais na produção de conhecimento. “A investigação e a inovação são elementos centrais para o desenvolvimento do SNS do futuro”, sublinha.
O Expresso associa-se, uma vez mais, como media partner ao Programa Gilead Génese, que regressa em 2025 para a sua 10ª edição de apoio à investigação e a projetos comunitários na área da saúde. Ao longo das próximas semanas, publicamos dez entrevistas curtas com personalidades de renome sobre o que consideram serem os principais desafios do sector.
Um deles, aponta o responsável da APAH, é a falta de tempo protegido no SNS para que médicos e enfermeiros possam dedicar-se a atividades de investigação com benefícios para os doentes. “Os hospitais devem reforçar a criação de estruturas de gestão da investigação, incubadoras e outras unidades promotoras de projetos inovadores”, sugere.
“Ao investir de forma sólida e estratégica no capital humano, conseguiremos um SNS mais resiliente, capaz de responder às necessidades de toda a população”
A longo prazo, Xavier Barreto considera ser importante que “as instituições sejam avaliadas e financiadas tendo em conta a investigação que produzem e a inovação que introduzem no tratamento dos seus doentes”. Neste campo, avanços tecnológicos como a telemedicina, inteligência artificial, análise de dados em larga escala ou dispositivos de monitorização remota são ferramentas que permitem, em articulação com a investigação clínica, garantir “os melhores tratamentos” à população.
Mais do que intenções, a APAH tem procurado contribuir ativamente para apoiar as instituições de saúde a valorizar os seus recursos humanos, mas também a inovar. Até ao final de janeiro, a associação receberá candidaturas de Unidades Locais de Saúde à quinta edição da Bolsa Capital Humano em Saúde, que vai permitir implementar um projeto-piloto que introduza melhorias na prestação de cuidados. “A investigação e a inovação tornam-se motores de um SNS mais ágil, equitativo e sustentável”, afirma Xavier Barreto.
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