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Portugal pode "liderar a transição digital" na inteligência artificial

A ambição foi partilhada pela ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, numa conversa dedicada às grandes apostas do Estado e que marcou a quinta de cinco sessões do projeto “Impacto da Inteligência Artificial”, em que o Expresso é media partner da EY

As mudanças potenciadas pela inteligência artificial (IA) na administração pública e na relação com os cidadãos avançam a um ritmo cada vez mais acelerado, enquanto as diferentes entidades do Estado procuram a melhor forma de acompanhar o ritmo e aumentar as sinergias, para que Portugal possa ser líder na transição digital e na eficácia dos serviços em benefício da população.

A confiança temperada, com uma dose de cautela pelos desafios que subsistem, foi a nota dominante da quinta de cinco sessões do projeto “Impacto da Inteligência Artificial” (pode recordar todos os artigos sobre os anteriores debates no final do artigo), em que o Expresso é media partner da EY, e que para o evento de encerramento centrou atenção no tema ”As grandes apostas do Estado".

O debate foi moderado por Martim Silva, diretor-adjunto do Expresso, e contou com a presença de Miguel Amado, partner e líder da área do sector público da EY; Margarida Balseiro Lopes, ministra da Juventude e Modernização; César Pestana, presidente da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública; Jorge da Ponte, vice-presidente do Instituto dos Registos e do Notariado; Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança; Maria Manuel Leitão Marques, professora catedrática da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigadora permanente do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; Miguel Agrochão, vogal no Instituto Nacional de Administração; Sérgio Carvalho, presidente do conselho diretivo do Instituto de Informática da Segurança Social; e Miguel Farinha, CEO da EY Portugal.

Conheça as principais conclusões.

Potencial para liderar

  • “Nós queremos estar no grupo de países que lideram esta transição digital”, afirma Margarida Balseiro Lopes.
  • Sem esquecer, segundo a ministra, que “tudo isto tem que servir sempre para simplificar e melhorar a vida das pessoas”.
  • “Há um caminho que já devíamos ter feito e que ainda não fizemos”, alerta.

Serviços mais rápidos

  • "É importante perceber não só que temos que investir, mas onde temos que investir", aponta Miguel Amado.
  • Garantir que os serviços possam ser mais rápidos e eficazes com o contributo da inteligência artificial é essencial, mas com a certeza que há acréscimo de qualidade na relação com a população e entre as diferentes entidades da administração pública.
  • “Muitas vezes a IA é vista como uma substituição de custos. Não vemos assim”, lembra César Pestana.

Projetos em curso

  • Várias iniciativas e projetos estão a decorrer para sensibilizar os trabalhadores do Estado e os serviços para a importância da inteligência artificial.
  • "Há aqui um processo de capacitação que mobiliza vários membros da administração pública e da academia", aponta Miguel Agrochão.
  • É o caso dos simuladores potenciados por IA “que permitem aos cidadãos conhecer os apoios" da Segurança Social "a que têm direito” de forma mais intuitiva e que foram agora lançados, diz Sérgio Carvalho.

Transparência

  • É preciso “eliminar esta ideia de neutralidade da tecnologia”, acredita Lino Santos.
  • Maria Manuel Leitão Marques realça a necessidade de termos “transparência algorítmica”, até porque não quer “inovação a qualquer custo”.
  • Sempre com o objetivo de “facilitar a interação com o Estado” e modernizar a relação “com as empresas”, sustenta Miguel Farinha.

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