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A vacina como trunfo para proteger de males maiores

A prevenção como arma para combater a agudização de doenças crónicas será dos vários temas em debate na 5.ª edição do Flu Summit, 28 de maio, terça-feira. “Proteção para além da gripe” é o lema do evento organizado pela Sanofi, ao qual o Expresso se associa como media partner
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Rui Baioneta

“Vamos ter oportunidade de discutir, mais uma vez, aquilo que se relaciona com a gripe, uma das principais infeções, sobretudo no inverno, que causa grande mortalidade nos grupos de risco, bem como as inovações na prevenção no que concerne à vacinação. E também como podemos aumentar a sensibilização junto dos doentes e dos profissionais de saúde em relação às inovações que vão surgindo”, diz António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), que é um dos convidados do Flu Summit. O evento organizado pela Sanofi conta, além da SPP, com o apoio científico da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP) e da Sociedade Portuguesa de Saúde Publica (SPSP).

O médico destaca o trabalho que tem sido feito e que tem levado a que cada vez mais pessoas com 65 ou mais anos se vacinem: “Há um cuidado permanente da nossa parte sobre a importância da vacina contra a gripe, transversal a várias direções. O Vacinómetro [ferramenta que monitora e divulga em tempo real os dados sobre a cobertura vacinal numa determinada população, o que permite acompanhar o progresso das campanhas de vacinação] vai medindo a percentagem do número de vacinas em cada grupo de risco e a taxa de vacinação é muito satisfatória em pessoas com 65 ou mais anos. Temos feito campanhas e intervenções a alertar para essa necessidade”. Em Portugal, 77,7% de pessoas com 65 ou mais anos de idade está vacinada, quando a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) é 75%.

“Esperamos que também os doentes crónicos, independentemente da idade, possam beneficiar desta acessibilidade e comodidade no acesso à vacinação sazonal na época 2024-2025”, diz Joana Viveiro

Para Joana Viveiro, diretora executiva da Plataforma Saúde em Diálogo, entidade que agrega 72 associações que representam doentes crónicos, consumidores de cuidados de saúde, promotores e profissionais de saúde, o Flu Summit “assume-se como um importante fórum de discussão alargada entre representantes de sociedades científicas, entidades da área da saúde e respetivos profissionais, poder político e representantes de organizações da sociedade civil e de associações de utentes e pessoas que vivem com doença, sobre a importância da vacinação contra a gripe, uma das principais causas de mortalidade a nível mundial”.

A responsável, que também marcará presença no evento, enaltece o trabalho “em conjunto” para a promoção de políticas de saúde que reforcem a vacinação enquanto uma das mais bem-sucedidas intervenções em saúde pública e, apesar de Portugal ser “um caso de sucesso com a vacinação, em particular da população com mais de 65 anos”, Joana Viveiro reforça a importância da divulgação: “A aposta em campanhas de promoção da literacia em saúde dirigidas à população em geral, que ajudem a quebrar mitos e desconfianças em relação às vacinas, é, para nós, essencial para cumprir esse objetivo”, realça.

“Esperamos, pois, que também os doentes crónicos, independentemente da sua idade, possam também beneficiar desta acessibilidade e comodidade no acesso à vacinação sazonal na próxima época 2024-2025, uma vez que contribui também para reforçar a adesão e o acesso equitativo às vacinas”, deseja Joana Viveiro, que realça o papel de uma “comunicação eficaz para os grupos alvo” para a vacinação contra a gripe.

650

mil mortes a nível mundial todos os anos causados pela gripe, que é também responsável por milhões de hospitalizações

Na opinião de Francisco George, presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, “esta vacina de alta dose evita, comprovadamente, as complicações da gripe, reduzindo, por isso, a necessidade de hospitalização e admissão em cuidados intensivos (frequente em doentes não vacinados). Por esta razão, o custo é compensado pelos benefícios que se refletem em menos casos clinicamente graves como resultado da ação protetora da vacina”, afirma o responsável, que também estará no Flu Summit.

De acordo com um estudo BARI (Burden of Acute Respiratory Infections), o número médio de internamentos em Portugal, codificadas como gripe, é de 1207, resultando em 11,6 casos por 100.000 pessoas, e o custo anual médio desses internamentos é de 3,9M€ (estima-se que o valor real seja três vezes superior, de 15,2M€ - destes, 12.8M€ correspondem a custos com pessoas com 65 ou mais anos de idade).

Por seu turno, Helena Freitas, diretora-geral da Sanofi, explica: “A gripe é um problema de Saúde Pública, pelo que é necessário reunir e debater estes temas em conjunto e de forma concertada. Nesse sentido, vamos falar de proteção para além da gripe como, por exemplo, da prevenção da agudização de doenças crónicas e de eventuais hospitalizações. É importante dispor de soluções adequadas a cada fase da nossa vida quando as mesmas estão disponíveis”. E acrescenta: “Além disso, reconhecemos a necessidade de sensibilizar a população, principalmente as comunidades mais vulneráveis, para os riscos da gripe e para a importância de protegerem a sua saúde e a de quem os rodeiam”, acrescenta.

Flu Summit 2024

O que é?

A Sanofi organiza o 5.º Flu Summit 2024, encontro que servirá para várias entidades discutirem a proteção para além da gripe, como a prevenção da agudização de doenças crónicas ou mesmo hospitalizações, sabendo-se que este é um problema de saúde pública.

Quando, onde e a que horas?

O evento terá lugar na próxima terça-feira, 28 de maio, no edifício do grupo Impresa, a partir das 14h30.

Quem são os oradores?

  • Helena Freitas, diretora-geral da Sanofi
  • André Peralta-Santos, subdiretor-geral da Saúde
  • Gustavo Tato Borges, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública
  • Joana Louro, internista no Hospital Caldas da Rainha (ULS Oeste)
  • Carlos Aguiar, cardiologista do Hospital de Santa Cruz (ULS Lisboa Ocidental)
  • António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia
  • Ana Rita Francisco - vogal da Sociedade Portuguesa de Cardiologia
  • Sofia Duque, coordenadora do Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
  • Bruno Almeida, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia
  • Manuel Carrageta, preidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia
  • Joaquim Oliveira, presidente da Sociedade Portuguesa de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica
  • Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias
  • Bruna Ornelas de Gouveia, diretora regional da Saúde da Região Autónoma da Madeira
  • Gonçalo Sarmento, internista na ULS Entre Douro e Vouga
  • Ricardo Mexia, médico de Saúde Pública e Epidemiologista do INSA
  • Sandra Cavaca, presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde
  • Ana Abrunhosa, deputada e presidente da Comissão Parlamentar de Saúde
  • Ana João Sepulveda, presidente da Associação Age Friendly Portugal
  • Joana Viveiro, diretora-executiva da Plataforma Saúde em Diálogo
  • Filipe Froes, pneumologista no Hospital Pulido Valente, ULSSM
  • Francisco George – presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública
  • Ana Margarida Povo, secretária de Estado da Saúde

Porque é que este tema é central?

A gripe tem grande impacto todos os anos e todos os anos são precisas medidas para a sua prevenção, sobretudo junto das populações mais fragilizadas, como idosos ou doentes crónicos. É uma aposta na prevenção, para reverter a mortalidade e morbilidade, e assim aliviar a pressão no serviço nacional de saúde.

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