Endométrio, colo do útero, ovário, vulva e vagina são os cinco principais cancros ginecológicos. Além de afetarem o aparelho genital feminino, têm em comum o facto de progredirem de forma silenciosa com poucos ou nenhuns sintomas. A propósito do Dia Mundial do Cancro Ginecológico, assinalado a 20 de setembro, o Expresso organiza, com o apoio da GSK, uma conferência para refletir sobre estratégias para aumentar o diagnóstico precoce e melhorar a qualidade de vida das doentes. O evento terá transmissão na página de Facebook do semanário.
De acordo com os dados mais recentes do Globocan, Portugal regista cerca de três mil novos casos por ano, a maioria referentes a doença oncológica do endométrio que afeta sobretudo mulheres acima dos 50 anos e no período pós-menopausa. Quando detetado atempadamente, a taxa de cura é elevada.
O diagnóstico precoce não é tão fácil no cancro do ovário, que apesar de não ser um dos mais comuns é um dos mais mortais. A ausência de sintomas evidentes leva a que uma elevada percentagem dos diagnósticos seja tardio (70% a 80%) e reduza as hipóteses de sucesso no tratamento. “Os sintomas que existem são fadiga, inchaço abdominal, mais vontade de urinar, aumento ou perda de peso e obstipação. Isto são sintomas que a maior parte das mulheres acha normais”, explica Cláudia Fraga, presidente do Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos (MOG).
6%
Dos cancros na mulher são do endométrio, que afeta sobretudo as mulheres com mais de 50 anos e no período pós-menopausa. O cancro da vulva é um dos mais raros e representa cerca de 4%
É por isso que a responsável, e também ela uma sobrevivente desta doença oncológica, acredita que a resposta está “no aumento da literacia” para que as mulheres estejam mais atentas. Os desafios enfrentados pelas doentes e o acesso à terapêutica e à inovação serão alguns dos temas em destaque na conferência que acontece esta quarta-feira na sede da Impresa, em Oeiras. O evento contará com a presença de representantes das doentes, médicos, deputados e outros especialistas em saúde, entre os quais a ex-ministra da Saúde Maria de Belém Roseira.
Será ainda apresentado um documentário que retrata as experiências vividas por doentes reais, os obstáculos que enfrentaram e as superações. Consulte abaixo os detalhes da iniciativa.
Cancro Ginecológico em Portugal: Enfrentar o futuro com esperança
O que é
O Expresso e a GSK juntam-se para debater o tema “Cancro Ginecológico em Portugal: Enfrentar o futuro com Esperança” para assinalar o Dia Mundial do Cancro Ginecológico, a 20 de setembro. A iniciativa marca o lançamento de um documentário que conta a história de duas mulheres com cancro do ovário e pretende promover o debate sobre as necessidades não atendidas das pessoas com cancros ginecológicos e o contributo da ciência e da inovação.
Esta conferência conta com a participação de diferentes especialistas, para partilhar e discutir o estado-da-arte desta matéria em Portugal, bem como debater os desafios e possíveis soluções, para que as mulheres diagnosticadas consigam encarar o futuro com mais esperança e melhor qualidade de vida.
Quando, onde e a que horas?
Quarta-feira, dia 20, a partir das 17h. A conferência será transmitida no Facebook do Expresso
Quem são os oradores em destaque?
- Maurizio Borgatta, diretor-geral da GSK;
- Cláudia Fraga, presidente do Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos;
- Mariana Coutinho, psicóloga da Associação EVITA;
- Maria de Belém Roseira, ex-ministra da Saúde;
- Deolinda Pereira, IPO do Porto;
- Henrique Nabais, Sociedade Portuguesa de Ginecologia;
- António Araújo, diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário de Santo António;
- Joana Viveiro, Plataforma Saúde em Diálogo;
- Mafalda Casa-Nova, Hospital Beatriz Ângelo;
- Rui Martins, economista da saúde;
- Luís Soares, deputado à Assembleia da República pelo PS;
- Pedro Melo Lopes, deputado à Assembleia da República pelo PSD;
- Rui Santos Ivo, presidente do Infarmed (discurso de encerramento em representação do Ministério da Saúde).
Porque é que este evento é importante?
Em Portugal existem cerca de três mil novos casos de cancros ginecológicos por ano, alguns deles, como o do ovário, com elevadas taxas de mortalidade e de diagnósticos tardios. Prevenção e inovação terapêutica são apontadas pelos especialistas como sendo as principais armas para reduzir a incidência, aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. Que estratégias adotar? Como rastrear? Como melhorar o acesso à inovação? Estas e outras questões serão respondidas durante a conferência.
Como posso ver?
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