Existe hoje uma acentuada discrepância entre as necessidades dos empregadores e as competências disponíveis no mercado. A escassez de talento atingiu valores máximos, com 85% dos empregadores a manifestar dificuldade em preencher as vagas que lançam para o mercado. “Esta situação representa um acentuar da tendência face a 2021, com um aumento de 15%, e posiciona Portugal como o segundo país do mundo com o valor de escassez de talento mais elevado”, diz Rui Teixeira.
O country manager do ManpowerGroup em Portugal será um dos participantes na conferência ‘Parar para Pensar: Trabalho’, a segunda de um ciclo de seis que o Expresso promove com o apoio da Deco Proteste, e que decorrerá esta quarta-feira, dia 8 de junho, pelas 18 horas, no edifício do Grupo Impresa, em Paço de Arcos. O debate será moderado pela jornalista da SIC, Marta Atalaya, e transmitido em direto através da página de Facebook do Expresso. À mesma mesa estarão também Bruno Horta Soares, leading executive advisor da IDC Portugal, Hélder Sousa Silva, presidente da Câmara Municipal de Mafra, e Patricia Adegas, country communications & patient engagement head na Novartis.
“O poder de escolha passou para os trabalhadores e os líderes precisam de ouvir, aprender e adaptar-se se quiserem manter o talento de que precisam na sua equipa”, afirma Rui Teixeira, do ManpowerGroup
Mudanças que vieram para ficar
A pandemia veio intensificar muitas das tendências que já se sentiam no mercado de trabalho, trazendo outras mudanças a que as empresas de todos os sectores tiveram de se adaptar e responder, e que, acredita Rui Teixeira, irão permanecer ao longo dos próximos tempos. Por isso, 58% dos trabalhadores vão precisar de novas competências.
“As forças transformadoras de que temos vindo a falar há mais de uma década – as alterações demográficas, a disrupção tecnológica, a crescente sofisticação dos clientes e a maior capacidade de escolha dos consumidores finais – aceleraram, e estão a convergir para moldar um novo futuro do trabalho e um papel mais amplo das empresas na entrega de valor à sociedade”, defende o responsável do ManpowerGroup em Portugal, que destaca a crescente diversidade como um enorme desafio. “As mudanças demográficas estão a trazer múltiplas gerações e géneros na força de trabalho, o que exige a criação de uma cultura de inclusão consciente, onde todos são chamados a participar e todas as opiniões são valorizadas”, reforça.
Outros desafios como a escolha individual dos colaboradores, que procuram cada vez mais flexibilidade, capacidade de escolha e modelos de trabalho híbrido, que lhes permitam combinar trabalho remoto e no escritório de forma mais vantajosa, ou o bem-estar e o propósito, que se juntam a valores ‘mais tradicionais’, como a remuneração competitiva, as boas condições de trabalho, e o desenvolvimento de competências, têm que estar bem presentes na estratégia das empresas e das suas lideranças.
37%
é a subida em perspetiva da criação de emprego em Portugal, o segundo valor mais elevado da Europa
Parar para Pensar: Trabalho
O que é?
A conferência "Parar para Pensar: Trabalho" é a segunda de um ciclo de seis, promovida pelo Expresso com o apoio da Deco Proteste, e que tem como objetivo pensar sobre temas estruturantes no pós-pandemia.
Quando, onde e a que horas?
No dia 8 de junho, às 19h30, para assistir em direto na página de Facebook do Expresso.
Quem são os oradores?
- Rui Dias Teixeira, Country Manager da ManpowerGroup
- Bruno Horta Soares, Leading Executive Advisor, IDC Portugal
- Hélder Sousa Silva, Presidente, Câmara Municipal de Mafra
- Patricia Adegas, Country Communications & Patient Engagement Head at Novartis
Porque é que este tema é central?
O panorama do trabalho alterou-se por completo durante a pandemia e, ao que parece, os modelos de trabalho remoto ou híbrido vieram para ficar. No entanto, têm pela frente um conjunto de barreiras que terão que ser rapidamente ultrapassadas, num mundo que luta contra a escassez do talento, um desafio transversal aos diferentes sectores.
Onde posso assistir?
Simples, clicando AQUI