"Gosto de modelos de negócios disruptivos. E aqui vi muitos", revelou hoje Miguel Stillwell no Investment Pitch do Ee+negia de Portugal. A frase do vogal do conselho de administração executivo da EDP foi uma das que marcou o dia em que as 15 equipas finalistas apresentaram os seus projetos perante potenciais investidores.
O cenário imponente do Museu da Eletricidade, em Lisboa, serviu de palco para o dia decisivo da quarta edição do Energia de Portugal. A Mater Dynamics ganhou o grande prémio no valor de €20 mil euros, enquanto a Thermosite beneficiou do prémio Energia - um investimento que pode ir até aos €50 mil da parte da EDP para a equipa com melhor projeto no sector energético.
Com um projeto centrado no desenvolvimento de sensores para monitorizar a qualidade dos produtos com recurso ao nanosensor QStamp, a Mater Dynamics não escondeu a alegria no final: "Tudo funcionou e o prémio no final soube bem". Já a Thermosite chamou a atenção do júri com a plataforma que ajuda os clientes que têm dificuldade em encontrar instaladores de equipamentos de climatização. Refira-se ainda que a Simplengine, a Triplin e a Near ganharam mais três de incubação nas instalações da Fábrica de Startups.
Pelo segundo ano consecutivo a contar com equipas brasileiras, o Energia de Portugal tem reforçado laços com o outro lado do Atlântico. Uma aposta realçado pela ligação vídeo que permitiu ao diretor de desenvolvimento organizacional da EDP, João Brito Martins, falar para a plateia a partir de S. Paulo. "Três em cada dez brasileiros têm ou estão a participar na criação de um negocio" foi a estatística que utilizou para mostrar o potencial desta união. Por isso, querem "aproveitar toda esta energia positiva".
Ao lado do diretor estava o cônsul de Portugal em São Paulo, Paulo Lourenço, que garantiu que "a próxima fronteira na relação entre os dois países passa pela área da inovação e empreendedorismo", sem esquecer a importância deste tipo de projetos que "permitem injetar dinheiro e motivação em startups inovadoras."
No arranque da cerimónia, o COO do grupo Impresa, Martim Avillez Figueiredo, já tinha lembrado que "há 4 anos esta ideia parecia muito improvável, quando o empreendedorismo ainda era uma palavra pouco importante". Uma evolução assinalada também por António Lucena de Faria, CEO da Fábrica de Startups - organizadores dos bootcamps do Energia de Portugal -, ao constatar que " o empreendedorismo está hoje ao alcance de todos."