O tio de Ernestina Adelaide foi informador da PIDE, fugiu de Portugal após o 25 de Abril e vive nos arredores de Bruxelas, num dos bairros de onde saíram os responsáveis pelos atentados terroristas de 2016. Detesta muçulmanos. Escreve à sobrinha, declarando-se redimido do passado, e pedindo que o receba de regresso à pátria. Ernestina Adelaide mora a dois passos da mesquita do Laranjeiro. Não acredita na sua redenção.
Audiolivro
Rita Redshoes conta-nos ao ouvido, O Meu Tio. Ouça aqui o conto de Isabela Figueiredo.
Banda Sonora
Isabela Figueiredo, um conto de melancolia, memórias de um passado.
J.S.Bach, com um violoncelo solo, a acentuar as memórias e, F. Mendelssohn que haveria de o redescobrir e popularizar passados muitos anos, na frescura do seu sentido melódico como que a dizer que vale a pena olhar de novo. Esta é a sugestão do maestro Rui Massena para acompanhar a leitura de O Meu Tio, o texto de Isabel Figueiredo.