Apesar das eleições presidenciais terem sido em novembro do ano passado, 20 de janeiro de 2025 marcou o dia em que Donald Trump ocupou a Casa Branca, a residência oficial do Presidente dos Estados Unidos. Este processo é conhecido como transição de poder.
Durante o período de passagem de testemunho (entre as eleições e a tomada de posse) o Presidente eleito escolheu as pessoas que vão trabalhar ao seu lado, como os secretários das diferentes áreas de governação e os conselheiros. Além disso, planeou o que vai fazer nos primeiros dias de trabalho e reuniu-se com o Presidente anterior – Joe Biden – para uma espécie de ponto de situação sobre o país.
Um novo rumo: os primeiros passos
Num discurso de 30 minutos, e depois de prestar juramento no Capitólio, em Washington, D.C., Donald Trump anunciou alguns dos objetivos para o seu segundo mandato (o primeiro decorreu em 2017).
Comum a todos eles está a ideia de "tornar a América grande de novo". O novo Presidente apontou diversas medidas que defendem o seu país, mesmo que isso signifique deixar de apoiar os outros. Trump quer, a todo o custo, uma economia mais forte e pretende que as famílias americanas tenham mais oportunidades.
Outras decisões passam pelo apoio à exploração petrolífera e combustíveis fósseis; pela retirada da Organização Mundial de Saúde (o que pode levar ao cancelamento de programas de vacinação, por exemplo) e pela saída do Acordo de Paris, libertando-se de todas as obrigações relativamente à crise climática.
Sendo a maior economia do mundo e a segunda emissora de gases de efeito estufa, é certo que as decisões dos Estados Unidos vão ter um impacto direto na luta global das alterações climáticas.
Trump decidiu ainda fechar as portas aos migrantes e não só: "Todas as entradas ilegais serão imediatamente interrompidas e iniciaremos o processo de ‘devolução’ de milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos locais de onde vieram”, disse no Capitólio.
Porque é que todos se preocupam com este assunto?
Os Estados Unidos são um país muito grande e poderoso. O Presidente e a sua forma de gerir o país influenciam muitos outros países no mundo. Por isso, todos ficam tão atentos ao que se passa na Casa Branca, como um importante cérebro em grande escala.
O editor da secção internacional do Expresso, Pedro Cordeiro, traçou uma análise do discurso que Donald Trump fez na sua tomada de posse relativamente ao que vai fazer para governar a "nação mais poderosa do planeta". Podes ler aqui.
Como funcionam as eleições nos EUA?
Nas eleições dos Estados Unidos, o sistema é um pouco diferente do que existe em Portugal: não conta apenas o número de votos, mas também como esses votos estão divididos pelos estados.
Neste país há um órgão chamado Colégio Eleitoral, que é quem determina o vencedor. Ou seja, cada um dos 50 estados norte-americanos tem um determinado número de votos no Colégio Eleitoral.
Na verdade, quando os norte-americanos votam, escolhem representantes do seu estado para integrar este órgão, que depois vota para eleger o presidente.
Donald Trump venceu as eleições em 31 estados, conseguindo não só um maior número de votos, mas também um total de 312 delegados no Colégio Eleitoral.
Um dia memorável
A tomada de posse de Trump decorreu a 20 de janeiro, o Dia de Martin Luther King Jr. Este é um feriado nacional nos Estados Unidos, que se celebra na terceira segunda-feira de janeiro, em homenagem a um dos líderes mais importantes na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, especialmente durante a década de 1950 e 1960.
Se tiveres curiosidade, explora aqui mais pontos em que assentou o discurso de Donald Trump, reúne os teus amigos e analisa o impacto das suas tomadas de decisão. Também podes levar este tema político como sugestão para discussão em sala de aula.