Por vezes, é frutuoso prestar atenção às letras mais pequenas dos cartazes dos festivais. Que o digam as centenas de pessoas, na sua maioria de tenra idade, que a meio da tarde se dirigiram até ao palco San Miguel, no MEO Kalorama, para presenciar a estreia em Portugal de Ethel Cain. Efervescente de entusiasmo, esta plateia sabia, porém, ao que ia: a partir do momento em que, franzina e quase tímida, a cantora-compositora norte-americana se prostrou na frente do palco, partilhando as suas narrativas confessionais sem grande aparato em palco, recebeu dos fãs eufóricos o maior carinho possível. Cantando todas as letras do seu único álbum até agora, “Preacher's Daughter”, erguendo cartazes de apoio e mirando embevecidos a sua heroína, os espectadores deste concerto ajudaram a abençoar a primeira atuação de Ethel Cain no nosso país. Eles e Florence Welch, claro, que sem aviso apareceu para um dueto especialmente emotivo com a debutante que a aponta como grande referência.
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A estreia abençoada de Ethel Cain em Portugal, ou como o MEO Kalorama recebeu a jovem americana como uma velha amiga
No primeiro concerto de sempre em Portugal, a jovem Ethel Cain foi recebida com fervor quase religioso por uma plateia de fãs em êxtase. A participação surpresa de Florence Welch, de Florence and the Machine, só ajudou a acender ainda mais o fogo da paixão do MEO Kalorama pela cantora-compositora norte-americana