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Direitos humanos e pandemia não se misturam: Bruxelas autorizou registo da vacina russa Sputnik V

Cinco dias depois de as declarações de o chefe da diplomacia da UE sobre o caso Navalny terem gerado tensão entre Bruxelas e Moscovo, a agência de notícias russa anuncia que os 27 aprovaram o pedido da Rússia para registar a vacina Sputnik V. Em tempo de pandemia toda a imunização é necessária para salvar vidas. Cada dose da Sputnik V custa menos de dez euros e a Rússia tem “capacidade de produção”, diz ao Expresso a investigadora Sónia Sénica

AGUSTIN MARCARIAN/REUTERS

No mesmo dia (terça-feira) em que 81 eurodeputados escreveram à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pedindo a demissão do Alto Comissário para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, a agência de notícias russa RIA Novosti anuncia que a União Europeia aprovou o pedido de Moscovo para registar a vacina anti-covid Sputnik V.

Tudo indica que Bruxelas esteja a gerir equilíbrios entre a diplomacia dos direitos humanos e as declarações de Borrell na passada sexta-feira sobre o caso Navalny, por um lado, e a diplomacia das vacinas que salvam vidas em tempos de pandemia, por outro.