Peggy Johnson nunca conseguiu ensinar o marido a usar com propriedade o cesto da roupa suja, mas foi à Web Summit mostrar como é que a Agility Robotics ensinou um robô humanoide a executar tarefas que os humanos desdenham. O derradeiro teste não dispensou “suspense”: depois de um comando de voz para a colocação de uma camisola cinzenta no cesto, o robô Digit dá ares de ter perdido a convicção com que irrompeu no palco. Passados segundos, lá executa a função como muitos maridos incompetentes não conseguem. E repete uma e outra vez, sem respostas mal humoradas. Se fosse humano, provavelmente, ouviria o que ninguém quer devido aos compassos de espera na interpretação das ordens. Feitas as contas, é tudo o que a Agility Robotics precisa para desbravar o admirável filão dos robôs que fazem o que os humanos não gostam.
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Robôs, energia nuclear e agentes que decidem pelos humanos: como Lisboa foi a capital da inteligência artificial durante quatro dias
Numa Web Summit com muita Inteligência Artificial, agentes e robôs foram os protagonistas. Em Lisboa há um novo centro dedicado ao tema, e dos Estados Unidos chegam os ecos dos primeiros agentes que substituem humanos. Ainda não é garantido que todos têm lugar nas fábricas do futuro, mas, afinal, o que acontece se faltar a energia?