Exclusivo

Transportes

Mega cidade na região de Lisboa: governo avança com criação de empresa que poderá licenciar e terá autarquias e Estado em pé de igualdade

Ministro das Infraestruturas diz que a empresa Parque Cidades do Tejo, através da qual se pretende concretizar um ambicioso projeto de requalificação da margem norte e da margem sul do Tejo, vai ser criada em breve e terá uma estrutura de governação e gestão "onde os administradores do Estado serão tantos como dos municípios".Vai ter capacidade de licenciamento e autonomia financeira. O Estado não irá financiar, só entregará património

Ana Baiao

"Não vamos lá meter dinheiro nenhum, vamos meter os bens. A Parque Cidades do Tejo tem de ser geradora de riqueza, como foi a Parque Expo. No final, quando for extinta, ainda distribuiu dividendos ao Estado", afirmou Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas, ao Expresso. O Governo defende que são injustas as críticas de que o plano do Governo para o chamado Arco Ribeirinho do Tejo são um sinal de megalomania ou de centralização dos investimentos na região da capital, apontado para os investimentos previstos para a região norte. A Parque Cidades do Tejo “não será um corpo exógeno que estará a influenciar e a tentar fazer coisas dentro dos municípios, nos territórios de intervenção das autarquias” e terá capacidade de licenciamento próprio, como a Parque Expo. Frisa ainda: "passará a haver duas margens muito mais próximas, deixa de haver o lado A e o lado B da história, deixa de ver os esquecidos e os jamais da vida", neste último caso numa alusão à célebre frase proferida pelo ex-ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, em 2007: “construir um aeroporto na Margem Sul, jamais, jamais.