O Governo mantém 2032 como o ano em que será possível viajar de comboio entre o Porto e Lisboa em 1h15, apesar da repetição do concurso para o segundo troço da Linha de Alta Velocidade que começará a ser construída no próximo ano. Em entrevista ao Expresso o ministro das Infraestruturas diz que os atrasos nas obras do Programa Ferrovia 2020 são “uma vergonha”, tal como também foi “uma vergonha” a greve feita pela CP durante a campanha eleitoral. E sobre o Passe Ferroviário Verde, que permite viajar em grande parte dos comboios portugueses por 20 euros no espaço de um mês, Miguel Pinto Luz classifica-o como “um sucesso” apesar das queixas dos passageiros relativas à falta de comboios para responder ao aumento da procura: “Aumentámos os passageiros, estamos a maximizar a capacidade. Nos próximos tempos não vamos ter mais comboios, porque temos um concurso em tribunal”, adianta, referindo-se à compra de 117 comboios feita pela CP no final de 2023.
Em que ponto está o projeto da linha de alta velocidade entre o Porto e Lisboa?
Já temos a avaliação de impacto ambiental para o troço Soure-Carregado, que é o terceiro troço. Até ao final do ano, início de janeiro, o Governo lança também o concurso para esse troço, de forma a cumprir o prazo de 2032 [para ter o Porto e Lisboa ligados em cerca de 1h15], são obras que tinham sido lançadas pelo antigo governo e nós acelerámos esse processo. Estamos a avançar com o que nos tínhamos comprometido. E em 23 de julho lançamos os estudos para a ligação entre o Porto e Madrid.