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Alta velocidade: se o concurso para o troço Oiã-Soure for repetido isso irá “penalizar os contribuintes", diz o presidente da Casais

Grupo de construção diz que o consórcio LusoLav, do qual faz parte com mais cinco empresas portuguesas, tem estado a preparar-se há muito tempo para os projetos da alta velocidade, tendo investido 20 milhões de euros no conjunto dos dois primeiros troços da linha Porto-Lisboa em projetos, estudos e consultoria

O consórcio LusoLav espera não vir a ser prejudicado por ter sido o único agrupamento de empresas que apresentou propostas para os dois primeiros troços da linha ferroviária de alta velocidade entre o Porto e Lisboa que foram colocados a concurso, Porto-Oiã e Oiã-Soure.

Em respostas enviadas a questões colocadas pelo Expresso, António Carlos Rodrigues, presidente do grupo Casais, um dos seis grupos de construção que compõem a LusoLav, diz que “mais do que penalizar um consórcio por ter feito o que lhe competia, seria penalizar os contribuintes portugueses com um aumento do custo da empreitada”, caso o segundo troço entre Oiã, no distrito de Aveiro, e Soure, no distrito de Coimbra, “fosse de novo a concurso”.

É uma tomada de posição que surge perante o facto de a LusoLav ter sido o único consórcio a apresentar uma proposta para o segundo troço, no início deste mês, apesar de se ter previsto a concorrência em força das grandes empresas espanholas da construção, que não chegou a acontecer.

Aguarda-se agora uma decisão do júri, que no primeiro concurso relativo ao troço Porto-Oiã recomendou à Infraestruturas de Portugal (IP) que adjudicasse a obra à LusoLav, que também foi o único consórcio a apresentar uma proposta elegível. Se o júri decidir no mesmo sentido, caberá depois então à IP aceitar ou excluir a proposta. Se a excluir, o concurso será repetido, com alteração do caderno de encargos, o que poderia levar a que surgissem mais candidatos - ou não.