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O Governo e Rui Moreira querem resolver o “inferno” do trânsito na VCI: tudo indica que a solução está nas portagens (e explicamos porquê)

Foi criado um grupo de trabalho durante a pandemia, foram sugeridas medidas para a taxação e portagens à volta da VCI, mas nada saiu do papel – o Governo prometeu aos municípios do Grande Porto que dará soluções até ao final do ano. Para o especialista em mobilidade Álvaro Costa, a solução atual é “a antítese da gestão” e, para além da poluição, perpetua congestionamentos que são uma verdadeira “destruição” da economia local

Via de Cintura Interna, na zona das Antas, concelho do Porto
Omar Marques/Getty Images

Hélio Carvalho

Sofia Miguel Rosa

Se esta semana conduzir pelo Porto durante as horas de ponta, é muito provável que fique preso num engarrafamento na Via de Cintura Interna (VCI). Para quem vive na Área Metropolitana do Porto (AMP), é uma realidade quase diária. Segundo dados divulgados pela Câmara do Porto e que se reportam aos sinistros participados pela PSP, em 2023 foram registados 526 acidentes na VCI, uma média de 1,44 por dia; quando o valor foi divulgado em março deste ano, o presidente da Câmara Municipal do Porto declarou à Lusa: “Sempre que há um acidente na cidade do Porto, a cidade do Porto pára.”

Numa reunião no início do mês com os autarcas da AMP, o ministro das Infraestruturas e Habitação garantiu que este Governo teria como “prioridade total” a resolução de um problema que há décadas preocupa moradores e autoridades. “O nosso compromisso foi, até ao final deste ano, apresentarmos uma solução definitiva para a VCI”, prometeu Miguel Pinto Luz.

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