Luis Rodrigues está confiante na sustentabilidade dos bons resultados da TAP e afirmou esta terça-feira no Parlamento, onde esteve a ser ouvido na sequência de um requerimento do PSD e do Chega, que a companhia continua a estar entre as mais rentáveis da Europa no seu segmento e que acredita que assim se manterá este ano.
"Até à data de hoje não temos nenhuma indicação de que não vamos cumprir o orçamento que temos estipulado para a TAP para este ano", disse Luís Rodrigues na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação onde esteve a ser ouvido.
Sem se alongar em comentários, em resposta a preguntas dos deputados, o presidente da TAP afirmou que era favorável à privatização da companhia. Mas não esclareceu se já tinha falado com o atual Governo sobre o tema.
Apesar de otimista, defendeu que a confiança nos resultados da TAP não significa que não seja necessário estar vigilante, tendo em conta até as características do mercado da aviação.
O gestor considerou também que não era sustentável, nem realista continuar a gerir a operação com os cortes de 20% a 40% nos salários dos trabalhadores, decorrentes do plano de reestruturação, tanto mais que no setor, onde a concorrência é mundial, já não havia essa restrição. Afirmou ainda que não acredita numa gestão baseada em mão de obra barata, e que a descida dos custos com os trabalhadores da TAP só foi possível por causa do plano de reestruturação.
Avançou que a companhia refletia em 2023, quando assumiu a gestão, uma enorme falta de investimento vivida nos cinco a seis anos anteriores, em várias áreas. Uma situação que tem tentado inverter. Justificando o fim dos cortes, salientou que o lucro recorde de 2023 da TAP só foi possível porque houve paz social.