Um primeiro-ministro, dois ministros, dois secretários de Estado, a administração do Metropolitano de Lisboa, representantes dos empreiteiros, uma comitiva alargada de jornalistas. Não foi a inauguração da estação do metro da Estrela, mas parecia. A comitiva que visitou a obra da futura estação, no antigo Hospital Militar da Estrela, na terça-feira, vinha carregada de peso institucional. E quando foi questionado sobre se a visita poderia ser vista como uma ação de campanha eleitoral, António Costa respondeu que só a partir de 15 de janeiro o Governo estará “obrigado a um dever de recato próprio de período pré-eleitoral” e que, lá por o Governo ser de gestão, não pode parar, tal como o país não pode parar. Aliás, até deve “acelerar”, porque “2024 vai ser um ano particularmente exigente”.
Acelerando o passo, o primeiro-ministro (acompanhado do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, do secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, António Mendonça Mendes, e do secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado) distribuiu cumprimentos aos trabalhadores do metro, deixou-se fotografar com alguns deles, tirou ele próprio fotos através do seu telemóvel, enquanto percorria o túnel já concluído, que segue em direção à estação de Santos, a segunda a ser construída na nova Linha Verde, ou Circular, que liga parte da Linha Amarela à quase totalidade da atual Linha Verde.