Com o prazo para a apresentação do relatório sobre as localizações do novo aeroporto de Lisboa a chegar ao fim (o relatório é entregue no final de novembro), a Comissão Técnica Independente (CTI) que está a fazer a avaliação ambiental estratégica (AAE) das localizações em estudo encontra-se sob forte pressão.
A CTI está no centro de uma nova polémica, depois de a TVI ter noticiado a contratação, por 213,7 mil euros, da TIS - Consultores em Transportes, Inovação e Sistemas, para fazer o estudo de previsão da procura aeroportuária e acessos terrestres, consultora onde tem sido colaboradora e é acionista há mais de 28 anos Rosário Macário, uma das coordenadoras da CTI.
Mas há mais casos sob escrutínio. Na lista dos 21 estudos de apoio contratados pelo LNEC, a pedido da CTI, há dois estudos de apoio à avaliação ambiental estratégica (AAE) que foram contratados a instituições universitárias a que estão associados coordenadores da Comissão, um é um estudo na área do ambiente e foi pedido à Universidade de Aveiro - onde leciona a coordenadora da CTI com a área do ambiente, Teresa Fidelis - e outro das acessibilidades rodoviárias e ferroviárias existentes e planeadas ou a planear, encomendado à FEUP, a que está ligado outro coordenador da Comissão, Paulo Pinho, o responsável precisamente por esta área.