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PCP já tem conclusões do inquérito à TAP: não quer demissões, quer consequências e uma delas é travar o "crime" da privatização

Deputado comunista Bruno Dias apresenta “factos” que já apurou, mas recusa que seja “caderno reivindicativo” para o relatório final. É apenas ir além da “tática e combate político”. Sobre as secretas, mais do que nova comissão de inquérito, é preciso mudar legislação

NUNO BOTELHO

Não é preciso demissões, é preciso agir. Não é para privatizar, nem para vender a preço de saldo. Não é para gerir escudado em segredos. Não é para adiar, é para construir um novo aeroporto. Ao fim de dois meses de trabalho, o PCP já tem pré-conclusões da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à forma como os governos geriram a TAP e tem medidas que pretende ver no terreno – mesmo que seja difícil vê-las refletidas no relatório final da CPI, com uma maioria socialista a votá-lo.

Em conferência de imprensa esta terça-feira, 30 de maio, o deputado comunista Bruno Dias defende que “é preciso tirar consequências”. “Mas não estamos a falar de demissões. Estamos a falar de mudar as práticas e as políticas”. A conferência foi agendada para esta terça-feira, altura em que a CPI entra nas últimas semanas de audições, faltando agora ouvir apenas os governantes e ex-governantes que tiveram a tutela direta da companhia aérea.