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Transportes

Surpreendida pelo afastamento, líder da TAP contesta o despedimento e enfrenta (outra vez) os deputados

Christine Ourmières-Widener queixa-se de "comportamento discriminatório" por parte da IGF, vai contestar o despedimento na justiça e lamenta que o Governo tenha tido pressa em despedi-la. Será ouvida esta terça-feira no Parlamento

Ricardo Lopes

Não é a primeira vez que Christine Ourmières-Widener vai ao Parlamento falar sobre o processo de saída de Alexandra Reis da transportadora com uma indemnização de 500 mil euros, mas desta vez fá-lo-á já como presidente executiva exonerada, e com o relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) já fechado, que aponta para falhas de gestão e para a concretização de um acordo ilegal.

A audição ocorre também depois de se saber que a ainda presidente executiva da TAP vai contestar judicialmente a decisão, e está disponível para disparar em várias direções. É que Christine Ourmières-Widener já veio dizer, segundo a CNN, que afinal o administrador financeiro, Gonçalo Pires, sabia que Alexandra Reis ia sair muito antes de o assunto ter sido comunicado aos órgãos sociais, a 4 de fevereiro, o que contraria o depoimento do gestor português quer à IGF, quer na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).