Trabalho

Um quarto dos cidadãos desempregados no segundo trimestre encontrou trabalho no terceiro trimestre

Entre o segundo e o terceiro trimestres do ano, 28,6% (43,9 mil) dos homens desempregados e 22,4% (38,3 mil) das mulheres desempregadas transitaram para o emprego, aponta o INE num balanço divulgado esta quarta-feira

marcos borga

Um quarto (25,3%) dos desempregados contabilizados no país no segundo trimestre deste ano (324,5 mil) conseguiram encontrar uma ocupação no trimestre seguinte. São 82,2 mil pessoas nesta situação, número inferior às 116,6 mil pessoas (30,7% dos desempregados contabilizados na altura) que entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano tinham transitado do desemprego para o emprego.

Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) - nas habituais Estatísticas de Fluxos entre Estados do Mercado de Trabalho - mostram que do total de pessoas que estavam desempregadas no segundo trimestre de 2023, mais de metade, 50,3% (163,2 mil), permaneceram nesse estado nos três meses seguintes. Por sua vez, 25,3% (82,2 mil) transitaram para o emprego e 24,4% (79,2 mil) para a inatividade.

Entre os desempregados que encontraram uma alternativa profissional, destacam-se os trabalhados do sexo masculino (28,6%; 43,9 mil) dos homens desempregados. No caso das mulheres, representam apenas 22,4% (38,3 mil) dos desempregados que transitaram para o mercado de trabalho. O INE aponta ainda que entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023, “29,7% (56,1 mil) dos desempregados de curta duração e 14,8% (22,1 mil) dos inativos pertencentes à “força de trabalho potencial” transitaram para o emprego”.

O organismo público de estatística sinaliza que, no mesmo período, transitaram para um trabalho por conta de outrem 10,9% (77,3 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta própria e 21,6% (70,2 mil) das pessoas que se encontravam desempregadas.

164,9 mil transitaram para contratos sem termo

Por sua vez, no que toca ao vínculo contratual, do total de trabalhadores por conta de outrem que, no segundo trimestre de 2023, tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato, 21,8% passaram a ter um contrato sem termo no terceiro trimestre de 2023. Eram, segundo o INE, 164,9 mil os trabalhadores nesta situação.

O INE destaca ainda que do número de pessoas que, no segundo trimestre de 2023, tinham um emprego a tempo parcial, 19,1% (77,5 mil pessoas) passaram a trabalhar a tempo completo no trimestre seguinte.

Já a percentagem de pessoas que permaneceram empregadas entre um trimestre e outro, mas que mudaram de emprego, diminuiu 0,3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao segundo trimestre, fixando-se nos 3,3% (160,3 mil pessoas).

96,4% mantiveram emprego

Analisando a população empregada, os indicadores mostram que "do total de pessoas que estavam empregadas no segundo trimestre de 2023, 96,4% (4810,2 mil) permaneceram nesse estado no terceiro trimestre de 2023, enquanto 1,3% (67,1 mil) transitaram para o desemprego e 2,2% (111,4 mil) passaram para a inatividade.

Em paralelo, pouco mais de metade 50,3% (163,2 mil) das pessoas desempregadas permaneceram nessa situação, enquanto 25,3% (82,2 mil) transitaram para o emprego e 24,4% (79,2 mil) para a inatividade.

Contas feitas, sinaliza o INE, “o fluxo líquido do emprego - medido pelo total de entradas menos o total de saídas - foi de sinal positivo e estimado em 26,8 mil pessoas”. Da mesma forma, aponta a síntese que acompanha os dados, “o fluxo líquido do desemprego foi de sinal positivo e estimado em 1,4 mil pessoas, o que resulta do total de pessoas que transitaram para o desemprego (162,9 mil) ter sido superior ao total das que saíram desse estado (161,4 mil)”.