Sistema financeiro

Portugal contribui com 102 milhões de euros para lucro do Bankinter, que ascendeu a 473,5 milhões até junho

No primeiro semestre de 2024, os lucros do Bankinter cresceram 13,3% face a igual semestre de 2023, ganhando quota de mercado em todos os negócios e geografias. A sucursal do banco espanhol em Portugal registou 102 milhões de euros antes de impostos, um crescimento de 20%

Foto: Bankinter

O Bankinter registou um lucro de 473,5 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2024, com todas as rubricas do negócio a crescerem a "um bom ritmo": o crédito a clientes cresceu 5,5%, os recursos de clientes 3,6% e os recursos fora do balanço 20,3%, refere o banco em comunicado esta quinta-feira.

Portugal, a segunda geografia mais importante do grupo, contribuiu com 102 milhões de euros antes de impostos, nos primeiros seis meses do ano, face aos 85 milhões de euros que registou em 2023 no mesmo período. Sendo sucursal, o Bankinter dá apenas indicação dos resultados antes de impostos.

Na Irlanda, outra geografia onde está presente, a sucursal do Bankinter registou um resultado antes de impostos de 20 milhões de euros, ou seja, um crescimento de 20% em relação há um ano.

O banco espanhol, liderado por Gloria Ortiz, refere que "os bons resultados do negócio refletem-se também em todas as rubricas da conta de resultados", sublinhando que a rentabilidade dos capitais próprios (ROE) "continua a melhorar, tendo alcançado um excelente valor de 17,7%, ficando 221 pontos-base acima do valor registado há um ano e liderando o setor bancário espanhol".

Em termos de eficiência, dá nota de que, no primeiro semestre, registou "um rácio de 34,13%".

A margem de juros do Bankinter cresceu 8,6%, para 1,16 mil milhões de euros, e a margem bruta que engloba todas as receitas do grupo ascendeu a 1,41 mil milhões de euros (mais 10,4%), o que resultou, diz o banco em comunicado, "do bom desempenho das comissões, entre outras fontes de receitas". As comissões somam 439,8 milhões de euros, das quais, "a parte principal, 114 milhões de euros, provém do negócio da gestão de ativos (mais 20%)". No negócio de cobrança e pagamentos as comissões ascendem a 95 milhões de euros (mais 7%) e no negócio de Valores e Custódia as comissões crescem 8% para os 67 milhões de euros, sublinha o banco.

Só do negócio em Espanha o Bankinter apresenta, nos primeiros seis meses do ano, uma carteira de crédito de 62 mil milhões de euros, "com um crescimento anual de 2,5% impulsionado pela carteira de crédito a empresas". Os recursos de clientes ascenderam a 70 mil milhões de euros, mais 5%, e os recursos geridos fora de balanço crescem 20% até aos 48 mil milhões de euros.

Carteira de crédito em Portugal cresce 12%

Na sucursal do Bankinter em Portugal, "a carteira de crédito alcança os 10 mil milhões de euros, mais 12%" e no que diz respeito aos recursos de clientes o crescimento foi de 13%, para um total de 8 mil milhões de euros. Nos recursos fora do balanço, como fundos de investimento, o crescimento foi de 20%, para um total de 5 mil milhões de euros.

No que diz respeito à Irlanda, um mercado mais recente para o Bankinter, o crescimento disparou: "A carteira de crédito chega aos 3,5 mil milhões de euros, mais 41% do que há um ano, dos quais 2,6 mil milhões são referentes a hipotecas, carteira que registou um crescimento de 51% no período".

Nos resultados esta quinta-feira apresentados, o Bankinter dá nota de que, nas várias linhas de negócio, "a atividade da Banca de Empresas mantém o seu ritmo de crescimento rentável", referindo que "a carteira de crédito deste negócio para o total do banco situa-se nos 33,5 mil milhões de euros e é 7% superior à do primeiro semestre de 2023". Um crescimento, que especifica é "de 5,4% relativamente à carteira de crédito a empresas em Espanha" e expressa "um valor muito positivo num mercado em contração e que contrasta com a queda de 3,1% verificada no setor para esta mesma atividade".O banco espanhol sublinha ainda que "o crescimento em Portugal é percentualmente muito maior, de 25% face a um setor que cresce apenas 0,9%", tendo por base para esta análise "os dados até abril do Banco de Espanha e do Banco de Portugal".