Sistema financeiro

Bankinter lucra mais de 200 milhões de euros no primeiro trimestre, Portugal contribui com 47 milhões

O Bankinter registou um crescimento de 8,7% nos lucros do primeiro trimestre e a sucursal do banco espanhol em Portugal acompanhou este aumento. O país “é a segunda geografia mais relevante” do grupo

Foto: Bankinter

O Bankinter mantém no primeiro trimestre de 2024 "a trajetória de crescimento do ano anterior com melhorias em todas as rubricas de balanço", refere o banco em comunicado esta quinta-feira. Os lucros ascenderam a 200,8 milhões de euros, mais 8,7% do que em igual período de 2023.

A rentabilidade sobre capitais próprios (ROE) que revela a capacidade de retorno para o acionista atingiu os 17,4%, e a eficiência melhorou para 35,3%.

O negócio da sucursal do banco em Portugal também se destacou no primeiro semestre de 2024 contribuindo para os lucros do banco com 47 milhões de euros antes de impostos, um crescimento de 9% face a igual trimestre de 2023.

No comunicado do Bankinter pode ler-se que o Bankinter Portugal "registou um forte crescimento em todas as rubricas da conta de resultados".

A carteira de crédito cresceu em Portugal 20%, para 10.000 milhões de euros, e os recursos captados ascenderam 7000 milhões de euros, um crescimento de 7,6%. Já no que diz respeito aos produtos fora do balanço (fundos de investimento e produtos estruturados) registou-se um aumento de 8%, para os 4000 milhões de euros.

Portugal, refere o Bankinter em comunicado, “é a segunda geografia mais relevante” do grupo.

Na Irlanda, onde marca presença, “o crédito situa-se nos 3300 milhões de euros, com um crescimento de 43% no período em análise, dos quais 2400 milhões são hipotecas, que crescem 53%”, revelando crescimentos significativos. O resultado antes de impostos da operação na Irlanda ascendeu a 9 milhões no trimestre.

O crédito a clientes do Bankinter em Espanha ascendeu a 77.041 milhões de euros, mais 5,4% do que há um ano".

Já os recursos de clientes particulares “totalizaram 78.750 milhões de euros, representando um crescimento de 6%, com um forte crescimento dos depósitos a prazo e uma menor queda nos saldos das contas”. O banco dá também nota de que “os recursos fora de balanço cresceram significativamente, mais 18,2%, para 47.125,3 milhões de euros”.

“Todas as rubricas da conta de resultados apresentam, por sua vez, crescimentos significativos face ao mesmo período de 2023, graças não só à evolução ainda positiva das taxas de juro, mas sobretudo aos maiores volumes da carteira de crédito e a uma estratégia comercial que continua a produzir bons resultados em todos os negócios e geografias que o banco está a desenvolver”, sublinha o Bankinter no comunicado.

A margem de juros do trimestre situou-se em 577,7 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 10,6% face há um ano. Já a margem bruta, que “inclui todas as receitas do grupo, ascende a 658,7 milhões de euros, um aumento de 6,9%”.

No que diz respeito às comissões ascenderam a 213,3 milhões de euros, mais 4,7%, porém “47,8 milhões de euros são provenientes da atividade de Gestão de Ativos, mais 17,6%”. Ao que se seguem “as cobranças e pagamentos, 45,6 milhões de euros, mais 6,2%, e as operações com títulos, 40,4 milhões de euros (+4,2%)”.

“As comissões líquidas (diferença entre as cobradas e as pagas pelo banco aos seus membros na Rede de Agentes ou na Banca Partner) ascenderam a 165,8 milhões de euros, um aumento de 8,5%”.

Os níveis dos rácios de morosidade “mantiveram-se em níveis ótimos, 2,2%, apesar de 5 pontos base acima de há um ano”.

O Bankinter explica que em Espanha a “morosidade ascende a 2,6%, face aos anteriores 2,4%, o que compara muito bem com a média do setor que, com dados até janeiro, se situava nos 3,6%”.

O rácio de Capital CET1 fully loaded, aumentou para 12,5%, 466 pontos básicos acima do mínimo exigido ao Bankinter pelo BCE.