Na última década, pressionados pela fragilidade da sua solidez, os bancos portugueses cortaram os seus custos de forma intensa: redução de balcões, despedimentos coletivos e pacotes de rescisão amigáveis, saídas de geografias, com consequente concentração da operação em Portugal. Objetivo: terem menos encargos, para poderem vir a fazer investimentos tecnológicos e contratar pessoal mais especializado, adequando o volume de custos às receitas.
No ano passado, a inflação disparou e os custos estruturais subiram, longe, porém, de compensar esse corte de mais de uma década. Mas essa subida dos custos foi muito limitada face ao disparo nos proveitos do sector, animados pelos juros dos créditos, tendo em conta o forte peso de empréstimos variáveis, que voam ao sabor das Euribor.