“Estive ligado à introdução das notas de euro na viragem do século, havia muitos receios, e Portugal foi dos países que melhor se organizou, preparou e comunicou. Somos normalmente early adopters [pioneiros na adoção] de novas tecnologias.” É o administrador do Banco de Portugal (BdP) Hélder Rosalino quem o diz numa conversa com o Expresso sobre a introdução do euro digital, a cargo do Banco Central Europeu. É por isso que considera que o debate político não está a ser tão agressivo como em países como a Alemanha.
Para o responsável do BdP por este projeto, “as pessoas não estão preocupadas, porque confiam nas autoridades que isto não vai criar problemas. O euro digital em Portugal não tem suscitado grande polémica. O que significa que, não tendo suscitado controvérsia, passa um pouco despercebido no debate político”. Reputa que não é desconhecimento (“temos intervenções públicas, artigos, entrevistas, conferências, muita informação disponível sobre a matéria”), mas sim essa “boa capacidade de aceitação destas evoluções” que não levanta dúvidas.