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Sistema financeiro

Lagarde propõe transferir poderes de entidades como a CMVM para macro-supervisor europeu do mercado de capitais

Objetivo da presidente do BCE é que os mercados de capitais se desenvolvam, para que as economias se tornem menos dependentes da banca, agora que será preciso um “investimento massivo” na região com a transição verde e o envelhecimento

Wolfgang Rattay/Reuters

Depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter visto os seus poderes reforçados em 2014, tirando parte das competências até então atribuídas aos bancos centrais nacionais, como o Banco de Portugal, está agora a ser proposto, pela voz de Christine Lagarde, a criação de um supervisor europeu com poderes reforçados para o mercado de capitais, o que passaria por novas competências e por retirar poderes aos reguladores nacionais, como a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Foi num discurso do Congresso da Banca Europeia, em Frankfurt, esta sexta-feira, 17 de novembro, que Lagarde fez a sugestão de uma entidade europeia à semelhança da americana Securities Exchange Commission (SEC), que devia aproveitar as roupagens da autoridade europeia para os mercados (ESMA, na sigla inglesa), mas reforçando-lhe as competências.