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Sistema financeiro

BCE acelera para o euro digital, banca e sistemas de pagamentos recomendam pé no travão

Grupo de debate que conta com um representante da SIBS e Vítor Bento, pela Associação Portuguesa de Bancos, deixa recomendações sobre a implementação do euro digital, pedindo para que as infraestruturas e os operadores existentes sejam envolvidos

Ralph Orlowski/Getty

Nem todos estão tranquilos com a criação do euro digital e, agora que o Banco Central Europeu (BCE) deu um novo passo nessa direção, fazem-se ouvir as vozes que apontam limites, obstáculos e problemas. Um estudo promovido por três grupos de reflexão, em que estão representados nomes do sector bancário, das infraestruturas de pagamento e de operadores de mercado, coloca-se nessa posição, dizendo que nem está sequer bem justificada a sua necessidade.

“Os objetivos [avançados pelo BCE para justificar o euro digital] ou falham em acrescentar valor a um sistema de pagamentos que é eficiente e que está constantemente em desenvolvimento, ou estão mal definidos ou mal justificados, ou a sua relevância para a Europa é limitada, havendo caminhos alternativos para os alcançar”, aponta o estudo divulgado esta quinta-feira, 2 de novembro, por uma mesa redonda promovida por três “think tanks”: Centre for European Policy Studies, European Capital Markets Institute e European Credit Research Institute.