A transação tem dois meses, mas só agora foram cumpridas todas as formalidades e passou tempo suficiente para garantir que não há volta atrás: Portugal livrou-se da possibilidade de ter de pagar eventuais responsabilidades “ilimitadas” com o Banif Brasil, instituição que o banco da Madeira tinha naquela região. Uma exposição herdada em 2015, de que a Comissão Liquidatária se tentava desfazer desde 2017.
Já tinha havido tentativas de venda, mas todas falharam, e mesmo a que agora foi bem-sucedida, iniciada em 2021, contou com vários contratempos. Foi preciso fazer quatro adendas ao contrato, houve exigências do supervisor, foi ordenada uma auditoria especial, e não bastou: ainda se juntaram os atrasos nas análises às contas, pedidos de empréstimos para assegurar a sua manutenção, isto tudo num caso em que até ao domingo foi preciso assinar documentação (foi num domingo que o Banif em Portugal caiu, a 20 de dezembro de 2015).