O grupo espanhol Santander lucrou 5,2 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que representa um aumento de 7,1% face ao mesmo período do ano passado, segundo comunicado divulgado esta quarta-feira.
No segundo trimestre o dono do português Santander Totta lucrou 2,6 mil milhões de euros, mais 17% que em igual período do ano passado.
O resultado antes de imposto no semestre foi de 8 mil milhões de euros, dos quais 4,2 mil milhões no segundo trimestre.
As receitas cresceram 12%, para 28,2 mil milhões de euros, um resultado “sustentado pelo sólido crescimento da receita em todas as regiões e negócios globais”, segundo a nota do banco.
Ganhos de €321 milhões em Portugal
Por região, no total do primeiro semestre, foi em Espanha, o país de origem, que os lucros atingiram o valor mais elevado (1,1 mil milhões de euros), logo seguido pelo Brasil (823 milhões).
No caso de Portugal, segundo a apresentação ao mercado do grupo espanhol, os lucros cifraram-se em 321 milhões, mais 43% do que no ano passado (embora esta soma possa diferir da que será apresentada na próxima sexta-feira pelo Santander Portugal, devido ao impacto de operações intra-grupo), com o crédito concedido a recuar 4%, para 39 mil milhões de euros, e os depósitos a baixar 9%, para 37 mil milhões de euros. O controlo de custos e a subida da margem financeira ajudaram a melhorar o resultado da operação portuguesa.
De notar que ao nível do grupo a margem financeira subiu 15%, devido não só ao crescimento da atividade do banco, mas também graças à subida dos juros na Europa.
O total de clientes do grupo ascendeu a 163,7 milhões, mais nove milhões milhões em comparação com junho de 2022, sendo que a entrada de dinheiro em depósitos cresceu 4%. Os clientes digitais atingiram os 52,5 milhões.
O comunicado do banco refere ainda que “o rácio de eficiência voltou a melhorar para 44,2%, apesar das pressões inflacionistas, impulsionado pela transformação do grupo para um modelo mais simples e integrado, contribuindo para uma maior rentabilidade”.