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Sistema financeiro

Banca espera desaceleração dos lucros na segunda metade do ano

2023 está a ser bom para a banca, com grandes lucros, mais rentabilidade e a margem a engordar, mas há cautelas a ter na segunda metade do ano

Miguel Maya (BCP), Paulo Macedo (CGD), Pedro Castro e Almeida (Santander), João Pedro Oliveira e Costa (BPI) e Mark Bourke (Novo Banco): banqueiros juntos no fórum da banca
José Fernandes

Os lucros dos bancos dispararam no final de 2022, face a 2021, e no primeiro trimestre atingiram ganhos como há muito não registavam. Tudo devido aos ganhos com os juros dos créditos, o maior crescimento da margem financeira (diferença entre os juros cobrados nos créditos e os pagos nos depósitos), que no primeiro trimestre de 2023 engordou significativamente os resultados dos bancos, que há mais de uma década não descolavam de valores muito baixos.

Depois do grande salto nas receitas dos juros a partir de julho de 2022 — devido à subida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE) para travar a inflação —, os lucros foram crescendo e 2022 foi muito positivo. O primeiro trimestre de 2023 foi favorável à banca, mas “atípico”, nas palavras de um banqueiro que não quis ser identificado. Na próxima semana a CGD é o primeiro banco a apresentar as contas do segundo trimestre.