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Sistema financeiro

Crise bancária americana é (mais um) golpe duro para as "criptos"

Três bancos que não tinham problemas em trabalhar com o setor dos criptoativos desapareceram nos EUA depois de semanas de incerteza e de fuga de depósitos. Em Portugal, por ora não se conhecem projetos “cripto” expostos a estas instituições

reuters

Apesar da dimensão da indústria, as instituições bancárias tradicionais norte-americanas (e portuguesas) evitam trabalhar com empresas e projetos do setor da criptoeconomia. São muito poucos os bancos que recebem de braços abertos depósitos de empresas “cripto”. Dois deles, o Silvergate Capital e o Signature, desapareceram num espaço de dias, pressionados pelas exigências regulatórias e pela perda de confiança na qualidade do balanço.

O primeiro decidiu-se pela liquidação voluntária na semana passada, restituindo todos os depósitos aos seus clientes; o segundo foi alvo de uma resolução pelas autoridades norte-americanas no domingo. Fechavam-se assim duas das pouquíssimas portas de entrada que o setor tinha para a finança tradicional.

O Silicon Valley Bank, entretanto, mais dedicado a empresas tecnológicas mas com ligações a empresas do setor “cripto”, foi igualmente intervencionado pelo supervisor bancário do estado da Califórnia e os depósitos transferidos para uma nova entidade criada pelo fundo de garantia norte-americano Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC).