Joe Biden anunciou, esta segunda-feira, que vai pedir ao Congresso para reforçar a regulação bancária para evitar novas falências e para proteger a população norte-americana.
O presidente dos Estados Unidos da América (EUA) discursou em Washington, tendo sublinhado a mensagem de domingo à noite, de que as poupanças dos americanos estão seguras. Ainda no domingo, o Tesouro disse que todos os depositantes do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank vão ter os seus depósitos salvaguardados, quaisquer que sejam os valores.
"Vou pedir ao Congresso e aos reguladores bancários que fortaleçam as regras para os bancos, para tornar menos provável que esse tipo de falência aconteça novamente e para proteger os empregos americanos", disse Biden.
Contudo, perante um Congresso dividido, será difícil aprovar regras mais duras. O presidente relembrou, inclusive, que na antiga administração, de Donald Trump, foram aligeiradas as regras do sistema. Segundo a “Reuters”, estas mudanças durante a governação republicana elevaram o limite em que os bancos são considerados sistemicamente arriscados e sujeitos a uma supervisão mais rígida de 50 mil milhões de dólares para 250 mil milhões.
O líder dos EUA disse ainda que “foram tomadas medidas para que esta situação não se repita e que não aconteça o mesmo que na crise de 2008”.
Biden garantiu que a solução para o SVB não irá implicar “perdas suportadas pelos contribuintes”, isto é, que o dinheiro não sairá do bolso dos contribuintes, mas dim das "contribuições” que os bancos pagam regularmente para o fundo de garantia de depósitos.
“Todos os americanos devem estar confiantes de que os seus depósitos estarão lá se e quando precisarem deles”, garantiu o Joe Biden. "Estou comprometido em responsabilizar os responsáveis por esta confusão", concluiu.
O discurso de Biden deu-se pouco antes da abertura dos mercados nos EUA. Após a abertura, às 14h35 de Lisboa, os principais índices norte-americanos (Dow Jones, NASDAQ e S&P 500) encontravam-se todos em terreno positivo.
Toda esta situação resulta do colapso do SVB e do Signature, o primeiro na sexta-feira e o segundo no domingo. O primeiro foi encerrado por alegando “a sua falta de liquidez e insolvência” e o segundo para "proteger os consumidores e o sistema financeiro" de potenciais "riscos sistémicos", justificaram as autoridades.