Economia

Seis carreiras da Carris suprimidas e velocidade do Metro reduzida

Governo decidiu cortar seis carreiras da Carris, enquanto o Metropolitano de Lisboa andará a velocidade reduzida, exceto nas horas de ponta.

A Junta Metropolitana de Lisboa deu luz verde quinta-feira às alterações nos transportes públicos propostas pelo Governo para a capital. Em causa está  supressão de seis carreiras suburbanas (21, 25,76, 745,764 e 799), cuja extinção estava em cima da mesa na segunda versão proposta pelo grupo de trabalho. Em relação aos autocarros que servem apenas os concelhos de Lisboa, serão seis (10,777, 790, 797, 203 e 205) e não nove os que vão deixar de circular e no que diz respeito ao elétrico 18, este vai manter-se em funcionamento, mas o percurso vai ser encurtado ao Largo do Calvário. Quanto ao Metropolitano de Lisboa, mantêm-se as mudanças propostas: o aumento do intervalo entre comboios à noite, a redução do número de carruagens para três à noite e aos fins de semana e feriados (e em permanência na Linha Verde), o fecho de átrios secundários das estações à noite e aos fins de semana e a circulação a uma velocidade máxima de 45 quilómetros/hora (em vez dos atuais 60) fora dos períodos de ponta. Ao contrário do que tinha sido proposto, já não será suprimida qualquer ligação fluvial.

"Graves" problemas de mobilidade

O porta-voz do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), Carlos Braga, disse que o retrocesso às medidas propostas é positivo, considerando, contudo, que essas alterações são mérito dos protestos das autarquias e das populações. "Apesar das alterações positivas, considero, no que diz respeito ao Metro, que continuamos a ter propostas negativas como a redução de carruagens e do limite de velocidade, o que vai criar um maior espaço na circulação do metro. Na Carris continua a haver a supressão de um conjunto significativo de carreiras nos autocarros, encurtamentos de percursos, e alterações à circulação dos comboios (...). De acordo com o porta-voz do MUSP, este conjunto de situações vai continuar a criar graves problemas de mobilidade aos muitos milhares de cidadãos que têm necessidade de se deslocar, o que é inaceitável. Carlos Braga disse ainda que estas alterações vão ser sujeitas por parte do MUSP a uma análise mais atenta e mais pormenorizada.