Filipa Calvão foi esta quarta-feira ao Parlamento garantir que o Tribunal de Contas não se mete em opções políticas, mas, para o antigo ministro José António Vieira da Silva, quando o organismo há um mês veio dizer que as contas sobre a sustentabilidade da Segurança Social não são fiáveis, e que elas devem ser fundidas com as da Caixa Geral de Aposentações (CGA), o risco foi pisado: “O que o Tribunal de Contas conseguiu foi inquinar uma discussão séria com objetivos de natureza política”. Por detrás da crítica está Jorge Bravo, o economista que o Tribunal de Contas contratou para ajudar na auditoria, que há anos colabora com o PSD, e que, entretanto, com o embalo de uma auditoria, foi nomeado para presidir a um novo grupo de trabalho para rever as contas da Segurança Social.