O número de trabalhadores que metem baixa e acionam o subsídio de doença tem vindo a crescer de forma galopante após a pandemia e em 2022 bateu um novo recorde. A esmagadora maioria dos doentes, contudo, mete baixas de curtíssima duração: 70% não ultrapassaram os sete dias no máximo e 85% os 12 dias. O que explica esta tendência? Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), diz que é preciso estudar estes fenómenos para se tirar conclusões fidedignas, mas nos centros de saúde e nas urgências aparecem cada vez mais queixas de “doenças agudas”: sintomas súbitos mas ligeiros de gripe, dores musculares, traumatismos, que não precisam de intervenção médica e podem ser tratados em casa.
Estarão os portugueses mais assustadiços com os seus sintomas? A Covid pode ser responsável por alguns desses efeitos, mas é necessário promover a aposta nos auto-cuidados, diz o médico de família.