Economia

Reviravolta nos juros da dívida: subida para 5,60%

Na sessão da tarde estamos a assistir a uma inversão da tendência. Os juros da dívida pública a 10 anos sobem para 5,6%, um valor mais alto do que o do fecho ontem. Portugal volta a subir para 7º lugar no TOP 10 mundial do risco de default

Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)

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Depois de almoço, estamos a assistir a uma reviravolta na "sensibilidade" dos mercados da dívida pública a Portugal.

Os juros da dívida pública portuguesa a 10 anos subiram de 5,49%, à hora de almoço, para 5,6%, agora, uma variação, desde a abertura, de mais de 1%, segundo dados da Bloomberg. A tendência de descida continuada inverteu-se. O valor, agora, a meio da tarde, é já superior ao do fecho de ontem, nos 5,53%.

Apesar dos juros das Bunds alemãs a 10 anos (que servem de referência na zona euro) terem aumentado, o spread entre os juros no caso português e no alemão, subiram para 3,18%, depois de terem fechado ontem nos 3,15% e de terem estado hoje de manhã nos 3,08%.

Regresso ao 7º lugar

Também a tendência de descida no risco de default se inverteu. De 25,38% de probabilidade de incumprimento da dívida soberana num horizonte de cinco anos à hora de almoço subiu para 26%, agora, segundo o monitor da CMA DataVision. Devido a essa reviravolta, Portugal voltou ao 7º lugar do TOP 10 mundial desse risco.

A inversão mais grave está a ocorrer com a Irlanda. O risco de default voltou, de novo, acima dos 30% e o Tigre Celta subiu um degrau no TOP 10 mundial desse risco, passando para o 5º lugar.

Também os juros da dívida pública irlandesa sofreram um agravamento, estando nos 6,25%, uma variação de 4% desde a abertura hoje. Ontem haviam fechado nos 6% e hoje de manhã chegaram a estar nos 6,02%.

No caso irlandês, a divulgação de que, no caso de um cenário pessimista, o programa de austeridade em 2011 poderá ter de implicar um corte orçamental na ordem dos 7 mil milhões de euros para atingir o objetivo político de ter um défice público inferior a 10% do PIB, está a agravar, de novo, a perceção dos investidores sobre a situação.