A estrutura accionista da "nova"
Qimonda Portugal é hoje decidida em assembleia de credores, devendo o Estado português e os bancos BCP e BES tornar-se nos "donos" da empresa.
Depois de, na assembleia de credores iniciada a 29 de Setembro, 95,85% dos créditos presentes ou representados terem aprovado o plano de viabilização apresentado pela administração da Qimonda, que prevê a conversão dos créditos sobre a empresa em capital no âmbito de uma operação harmónio, os trabalhos prosseguem hoje para aprovação da nova estrutura accionista.
Também hoje serão votadas as novas denominação social e marca da Qimonda Portugal que, no âmbito da reestruturação, será alvo de "todo um processo de reformulação da imagem comercial".
A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o BES e o BCP, enquanto principais credores, tornar-se-ão nos principais accionistas da empresa de Vila do Conde.
Segundo adiantou à agência Lusa fonte da AICEP, a agência votará favoravelmente a transformação dos seus créditos em 17% do capital da "nova" Qimonda, que terá um capital social de 30 milhões de euros.
Já o BCP e o BES poderão vir a ficar, cada um, com 41,5% do capital.
Os créditos do Estado e entidades públicas sobre a Qimonda rondam os 186 milhões de euros, enquanto a dívida à banca é de 105 milhões de euros.
A casa-mãe Qimonda AG, até agora única accionista (além de única fornecedora e cliente) da Qimonda Portugal, não terá direito a subscrever capital porque apenas possui créditos subordinados, que não são reembolsáveis.
Quanto aos trabalhadores despedidos, que são credores privilegiados, receberão metade das indemnizações devidas em Abril de 2010 e o restante em Outubro de 2010, sem direito a juros.
Os credores que não queiram converter os seus créditos em capital poderão optar pelo reembolso, nos termos do previsto no plano de insolvência.
Segundo o presidente da Qimonda, Armando Tavares, a reestruturação da empresa passará, "grosso modo", pela continuidade do negócio de semicondutores, mas também pela entrada em novos nichos de mercado especializados e "pouco explorados" como a nova área do RDL/Wafer Level Packaging.
Convicta de que será possível manter a empresa "num lugar de ponta no panorama tecnológico mundial do sector", a administração antecipa atingir resultados operacionais positivos no ano fiscal de 2011/2012.
Depois de já ter chegado a empregar 2.000 trabalhadores, a Qimonda apenas mantém actualmente 239 funcionários ao serviço, a que acrescem 130 em 'lay-off'.
Depois de, na assembleia de credores iniciada a 29 de Setembro, 95,85% dos créditos presentes ou representados terem aprovado o plano de viabilização apresentado pela administração da Qimonda, que prevê a conversão dos créditos sobre a empresa em capital no âmbito de uma operação harmónio, os trabalhos prosseguem hoje para aprovação da nova estrutura accionista.
Também hoje serão votadas as novas denominação social e marca da Qimonda Portugal que, no âmbito da reestruturação, será alvo de "todo um processo de reformulação da imagem comercial".
AICEP, BES e BCP são principais credores
A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o BES e o BCP, enquanto principais credores, tornar-se-ão nos principais accionistas da empresa de Vila do Conde.
Segundo adiantou à agência Lusa fonte da AICEP, a agência votará favoravelmente a transformação dos seus créditos em 17% do capital da "nova" Qimonda, que terá um capital social de 30 milhões de euros.
Já o BCP e o BES poderão vir a ficar, cada um, com 41,5% do capital.
Os créditos do Estado e entidades públicas sobre a Qimonda rondam os 186 milhões de euros, enquanto a dívida à banca é de 105 milhões de euros.
A casa-mãe Qimonda AG, até agora única accionista (além de única fornecedora e cliente) da Qimonda Portugal, não terá direito a subscrever capital porque apenas possui créditos subordinados, que não são reembolsáveis.
Indemnizações compensatórias
Quanto aos trabalhadores despedidos, que são credores privilegiados, receberão metade das indemnizações devidas em Abril de 2010 e o restante em Outubro de 2010, sem direito a juros.
Os credores que não queiram converter os seus créditos em capital poderão optar pelo reembolso, nos termos do previsto no plano de insolvência.
Segundo o presidente da Qimonda, Armando Tavares, a reestruturação da empresa passará, "grosso modo", pela continuidade do negócio de semicondutores, mas também pela entrada em novos nichos de mercado especializados e "pouco explorados" como a nova área do RDL/Wafer Level Packaging.
Convicta de que será possível manter a empresa "num lugar de ponta no panorama tecnológico mundial do sector", a administração antecipa atingir resultados operacionais positivos no ano fiscal de 2011/2012.
Depois de já ter chegado a empregar 2.000 trabalhadores, a Qimonda apenas mantém actualmente 239 funcionários ao serviço, a que acrescem 130 em 'lay-off'.