Economia

Jerónimo Martins garante contribuir para futuro sustentável

A retalhista diz que "pauta a sua actuação pelos mais elevados princípios éticos e cumpre integralmente os imperativos legais em vigor nas geografias onde opera", em resposta ao protesto da Greenpeace na sua sede em Lisboa.

O grupo Jerónimo Martins garantiu hoje que tem adoptado comportamentos pró-activos na área ambiental e que contribui para um futuro sustentável, em resposta a um protesto da Greenpeace na sua sede em Lisboa, disse fonte oficial da empresa.

Activistas da organização ambientalista Greenpeace tentaram hoje bloquear parcialmente a entrada da sede do grupo Jerónimo Martins, na zona do Campo Grande, para protestar contra a "ausência de uma política sustentável de compra de peixe" pelos supermercados da empresa.

Em declarações, por telefone, à agência Lusa, fonte oficial da empresa disse que "o Grupo Jerónimo Martins pauta a sua actuação pelos mais elevados princípios éticos e cumpre integralmente os imperativos legais em vigor nas geografias onde opera".

"Assumindo como inquestionáveis os valores da preservação ambiental e da sustentabilidade dos negócios, o Grupo e todas as suas Insígnias procuram, de forma permanente, no âmbito da sua actividade, contribuir para ligar eficazmente a oferta e a procura, e estabelecer cadeias de abastecimento promotoras de práticas de produção e consumo sustentáveis", afirmou a mesma fonte.

Esta preocupação, adiantou, "tem levado as Insígnias do Grupo a adoptar comportamentos pró-activos na área ambiental há largos anos, indo ao encontro das expectativas dos seus consumidores e contribuindo para um futuro sustentável para todos".

No local do protesto, um representante oficial da Jerónimo Martins limitou-se a dizer que "o grupo pauta a sua actuação pelos mais elevados princípios éticos e que cumpre todos os imperativos legais nas geografias onde estão presentes".

Adiantou também que o grupo "tem grandes valores ambientais e que procuram contribuir para a sua conservação".

Em reacção à posição da empresa, a porta-voz da Greenpeace em Portugal, Lara Teunissen, disse que os poucos comentários prestados pelo grupo demonstram "a postura da Jerónimo Martins que recusa aos milhares de cidadãos portugueses a resposta e o compromisso na prevenção dos oceanos".

Depois da organização ambientalista ter tentado falar com o representante oficial do grupo no local, a resposta dada pela empresa foi a de que se encontra disponível para "contactos públicos".

Os manifestantes da Greenpeace disseram que se vão manter no local até serem recebidos pela Jerónimo Martins.

Cerca das 06:45, nove elementos da Greenpeace colocaram uma estrutura metálica à frente da entrada da sede do grupo, na zona do Campo Grande, e colocaram um cartaz de grandes dimensões na fachada do edifício com a frase "Jerónimo Martins destrói os oceanos".

A organização ambientalista exige que o grupo adopte "uma postura responsável em relação ao peixe que vende" nos supermercados Pingo Doce e Feira Nova.

Em Maio, a Greenpeace divulgou um "ranking" de avaliação de supermercados, que avalia aspectos como a venda de espécies ameaçadas, colocando os supermercados da Jerónimo Martins em último lugar.