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Fundos europeus

Ex-deputada do PSD que saiu do Governo é acusada de facilitar fraude de €500 mil com fundos europeus

Ministério Público suspeita que Patrícia Dantas emitiu duas faturas no valor total de €12 mil por serviços que nunca aconteceram: o objetivo seria legitimar a obtenção indevida de meio milhão por parte de uma empresa ligada à extinta Associação Industrial do Minho, cujo caso está em julgamento e poderá ter lesado o Estado em quase €10 milhões. Defesa da ex-deputada aponta incoerências à tese do MP

Startup Madeira

Patrícia Dantas, ex-deputada do PSD, resignou ao cargo de adjunta do Ministério das Finanças esta quarta-feira, após ter sido noticiado que é arguida num megaprocesso (3000 páginas de acusação) sobre a Associação Industrial do Minho, “liquidada e encerrada” por ordem judicial em 2018. Há seis anos que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a investigar o caso, tendo o julgamento começado em maio de 2022.

Enquanto diretora do Centro de Empresas e Inovação da Madeira (CEIM), Patrícia Dantas passou duas faturas de 12 mil euros por um serviço de assessoria à empresa “Oficina da Inovação”, que fazia parte da Associação Industrial do Minho e pretendia candidatar-se a cerca de €500 mil em fundos europeus.

Em 2018, o Ministério Público acusou a ex-parlamentar de fraude na obtenção de subsídio, alegando que os serviços de assessoria nunca foram executados.