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Tarifas: “É o acordo possível, mas está longe de ser o desejável”: o resultado final “é desequilibrado”, diz indústria

“Quando se espera um furacão, fica-se feliz com uma simples tempestade”, diz CIP sobre o acordo ente UE e EUA. Reino Unido “negociou melhor”, afirma AEP

Horacio Villalobos/Getty Images

Os principais índices das bolsas europeias podem ter reagido em alta ao anúncio do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, as ações das principais construtoras automóveis da Europa podem ter valorizado, mas a preocupação na indústria portuguesa continua. “A ansiedade de não sabermos o que temos pela frente acalmou, mas continuamos sem informações exatas sobre o que está em jogo e o que teremos de enfrentar”, diz ao Expresso José Couto, presidente da AFIA, a associação dos fabricantes da indústria automóvel, com dúvidas sobre a capacidade da Europa manter o registo das exportações nas 750 mil viaturas vendidas aos EUA em 2024.

Neste momento, diz, “é difícil saber se temos um bom acordo neste acordo possível, ou se a UE simplesmente se curvou perante os EUA”, afirma o empresário e dirigente associativo “pouco convencido de que o teto máximo de 15% nas tarifas sobre as importações europeias seja exatamente isso”. “É urgente a Comissão Europeia vir esclarecer os termos do acordo”, sustenta,