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Tarifas de 30% de Trump? “A sensibilidade de algumas indústrias portuguesas é relevante”, alerta o economista Éric Dor

Os Estados Unidos aumentaram o seu peso nas exportações das empresas portuguesas nos últimos anos. Vários sectores, com destaque para o farmacêutico, são muito dependentes de Washington, mas os maiores efeitos do choque tarifário podem ser sobretudo indiretos

EUA são um dos principais destinos das exportações portuguesas.
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Se não houver “fumo branco” entre os Estados Unidos da América e a União Europeia (UE), a partir do dia 1 de agosto entram em vigor tarifas de 30%, aplicadas por Washington a todos os produtos que atravessam o Atlântico. Caso a ameaça de Donald Trump se mantenha, como explicou o comissário europeu responsável pelo comércio, Maros Sefcovic, isso implicaria “praticamente o fim” das trocas comerciais entre ambos. Nesse cenário, como seria afetado Portugal? O impacto direto seria moderado, mas indiretamente a economia portuguesa sofreria mais. “Apesar de o valor absoluto das exportações não ser dos mais elevados da UE, a sensibilidade de algumas indústrias portuguesas a choques externos é relevante”, frisa Éric Dor, diretor de estudos económicos na IESEG School of Management, em França.