É uma descida ligeira, mas que reafirma a resiliência do mercado de trabalho nacional. O desemprego voltou a recuar em Portugal no primeiro trimestre do ano para 6,6%, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quarta-feira. O número traduz uma redução de 0,1 pontos percentuais (p.p) em cadeia, ou seja, face ao trimestre anterior, e de 0,2 p.p. face ao mesmo trimestre do ano passado.
Já a população empregada prossegue a tendência de subida que tem evidenciando nos últimos trimestres, atingindo entre janeiro e março um novo máximo com 5,18 milhões de pessoas, o valor mais elevado desde pelo menos 2011, altura em que se inicia a atual série estatística do INE.
Segundo o serviço público de estatísticas, no primeiro trimestre de 2025, o país contabilizava 365,8 mil pessoas em situação de desemprego, menos 2,5 mil do que no último trimestre do ano passado e menos 3,8 mil do que um ano antes. A síntese estatística mostra ainda que, inversamente, a população empregada aumentou 0,6% face aos últimos três meses de 2024 e 2,4% face ao trimestre homólogo do ano passado. O país contabilizou entre janeiro e março deste ano mais 32,6 mil pessoas com emprego do que no final de 2024 e mais 122 mil do que nos primeiros três meses do ano passado.
Em sentido contrário ao que se vem notando noutros países, onde a pressão para o regresso ao escritório tem vindo a aumentar, em Portugal o teletrabalho voltou a aumentar. Nos primeiros três meses de 2025, 20,9% da população empregada (1,08 milhões de trabalhadores) exerciam atividade em teletrabalho. Um aumento de 0,4 p.p. face ao trimestre anterior e de 1,7 p.p. em termos homólogos.